De repente, aquela vassoura colocada num canto começa a deslizar na parede e cai no chão fazendo barulho. Você pega, põe no lugar e, de novo, ela desliza e cai. O palito de fósforo quebra, o prego entorta e a borracha sai quicando pelo chão até desaparecer por completo.
Na hora que você chega em casa, cheio de pacotes, um segundo antes de acertar a chave na fechadura, o molho de chaves cai no seu pé. Parece que tem pacto com o brinco, que também cai quando acertamos o furinho da orelha. A linha vai para todos os lados, menos para o buraquinho da agulha. Isso sem falar no computador - um dos maiores vilões do reino dos objetos.
Às vezes as coisas parecem se voltar contra nós! Um complô do mundo inanimado!
Uma vez eu parecia uma mãe neurótica preocupada com o meu filho de 4 anos na pizzaria. "Toma cuidado pra não engolir o caroço da azeitona!", disse eu. "Presta atenção enquanto estiver comendo.", completei. Mas o meu filho parecia nem estar escutando. Uma mordida na pizza e vejo que ele colocou a azeitona na boca. "Cuidado com o caroço da azeitona, heim?", insiti. "Coloca o caroço aqui no cantinho do prato", eu só sossegava se visse o caroço ali colocado.
Mas o meu filho não estava nem aí... conversava com o irmão, ria, pulava na cadeira... "Presta atenção pra não engolir o caroço!!!" Eu já estava brigando! Mas então - GLUP! - fiquei sem ar momentaneamente. Eu engoli o caroço da minha azeitona!
Alguns objetos parecem ter a habilidade de desaparecer (não vou nem falar das tesourinhas, chaves, celulares, isqueiros e da pontinha das fitas adesivas), outros já gostam de aparecer, como os legos que sempre estão no caminho quando estamos descalços e as tampas de panela com seu barulho irritante ao cair no chão da cozinha.
Sei que toda vez que eu entrava no quarto do meu filho via aquela montanha de brinquedos espalhados no chão. Certo dia, não era possível nem ver o piso! Comecei a dar bronca, enquanto catava os brinquedos e colocava numa estante de prateleiras. O menino, muito sério, me ajudava. Logo que abri uma "clareira" sentei no chão e continuei a arrumar sua coleção de carrinhos na estante, mas não parava de reclamar.
De repente, quando já estávamos quase terminando, a estante, que estava meio empenada, balançou e todos os brinquedos cairam em cima de mim, em especial as peças de um jogo de dominó, que deram a última quicada na minha cabeça, como se fosse um ponto final!
Ainda descubro a força que rege os objetos!
Olá Leila querida!
ResponderExcluirCom certeza creio que existe uma crueldade intrínseca dos objetos inanimados. ;-)
Adorei o texto... (risos)... acho que é possível fazer uma tese sobre o tema.
Me chamou atenção particularmente a geração espontânea de legos quando estamos de pés descalços... não entendo porque britânicos ainda não fizeram esta importante pesquisa para comprovar este fato cientificamente.
Destaco o lego porque ainda hoje pela manhã pisei num maldito lego do meu sobrinho. :-) rsrs
O ponto final do dominó foi hilário... :-) rsrs
Beijo no coração, Fernandez.
Fantástico o seu post amiga Leila, ele retrata bem o meu cotidiano, e creio que o cotidiano de muita gente.
ResponderExcluirImpressionante quando vou almoçar, e cai o garfo, ou quando vou sair e minha chave cai.
Me irrito quando vou fazer um exame de sangue e quando vou procurar horas antes a receita e parece ter sumido do mapa, abdusida da minha casa!
São essas coisas que nos fazem pensar, estariam os objetos se voltando contra nós?
Grande Abraço! =]
KKKKKKKKKKKKKKK LEILA, ISSO É NEUROSE PARTICULAR RSRSRSR. TEM HORA QUE PARECE MESMO!!
ResponderExcluirEssa força, me parece, ser regida pela gravidade, descuido e nossa memória.
ResponderExcluirA maneira como escreveu é sensacional!
Um forte abraço!
Leila
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk
Eu estou proibida de lavar copos,cada copo que eu lavo,cada copo partido kkkkkk...nem sei explicar como,vão para lugar errado,parece que as minha mãos não são minhas kkkkk
Ha dias que parece que as coisas tem vida propia ,cai tudo ao chão...kkkk minha avó falava com as coisas kkkk...ha qualquer coisa ai que ainda não descobrimos.
Outro dia fui a casa de uma amiga para discutirmos sobre um trabalho,quando lá cheguei ,reparei que não tinha levado a pasta...e eu gritei para mim de raiva:não quiseste vir,estás com frio é?...kkkkkkk
Minha amiga olhou para mim com a boca aberta sem dizer nada ...e disse-me ...não te preocupes ,isso tambem me acontece ,e rimos as duas ás gargalhadas kkkkkkkkkk
Adorei teu post!!! obrigada por partilhares com a gente.
beijnhos
joana
ahahahah
ResponderExcluirLeila, realmente às vezes parece que os pequenos objectos armam uma guerra contra nós! Quanto aos brinquedos pequenos só quero esquece-los. Para além dos legos as meninas cá em casa têm quilos de pinipons com as suas florzinhas de 30mm pequenos pratos e copos. Centenas deles já foram aspirados! ahahahahh
Beijos, adorei o texto.
Luísa
Leila amiga parace que os objetos não estão indo muito bem com sua cara.
ResponderExcluirUmm grande abraço.
olha só, eu sei que os objetos me adoram, mas o nome disso tem "desastrado". nunca vi como tantos objetos adoram se jogar nos meus braços, joelhos, costas e cabeça. ahahahha
ResponderExcluirOla Leila
ResponderExcluirRealmente seu texto é intrigante, interessante e também hilariante.
Adorei a maneira com que vosse foca alguns assuntos, desde brinquedos até objetos diários.
De alguma forma o que presenciamos são "forças" ocultas e da própria natureza.
É bem verdade que alguns podem até achar loucura, mas, tudo tem uma explicação científica.
Sabemos que todos os objetos produzidos a partir de matérias de qualquer natureza sofrem alterações em sua composição e assim podem ou não apresentar movimentos que muitas vezes são encarados como "anormais".
Vejamos um simples exemplo: uma bolinha de ping-pong, ela foi produzida para "pular", ou seja, sua composição reúnem particulas que produzem o "pulo", da mesmas forma todos os objetos produzem "movimento", pode parecer loucura mas é uma realidade.
Talvez estudos mais apropriados e apurados possam desvendar este "mistério".
Mesmo assim adorei sua postagem
Parabens pela escolha
Um forte abraço
Mad
Olá Leila, minha querida amiga,
ResponderExcluirComo sempre, seu texto é maravilhoso.
É gostoso ler e parece me ver em um montão de coisas e fatos que citou.
Às vezes, parece que esses "desastres voadores" de objetos acontecem só com a gente, daí, vem você narrando tudo isso e notamos que é a mesma coisa, é tudo igual, somente mudam-se os endereços. Que alívio!!
Amiga, amei a narração e achei hilária certas situações.
Parabéns!
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian
Leila, parabéns pelo blog. Seus textos são lindos!
ResponderExcluirEstou seguindo seu blog. Se possível retribua seguindo meu: www.marcossilverio.blogspot.com
Ah,hahahha,... Leila,vi cada cena,não parei de rei,do começo ao fim...rs!Poderia vc assim,nessas situações,lembrar que ou se, existe algo certo?rS!
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