Anos atrás li em algum lugar sobre uma coisa curiosa: quando nós falamos da nossa casa ou do nosso carro estamos falando de nós mesmos. Pra mim, isso foi uma descoberta interessantíssima, que me fez pensar em muito do que eu já havia dito a respeito da minha casa ou do meu carro.
Não importa o ano ou a marca do carro. Minha mãe, por exemplo, tem um fusquinha que ela gosta tanto, que beija o volante dele de vez em quando! Uma vez também, quando voltei de viagem, abracei o Escort que eu tinha na época. Será que isso estaria relacionado com a auto-estima? É lógico que a maioria não abraça nem beija o seu carro, mas passa horas dando brilho ou conversa com o carro, como se falasse consigo mesmo.
É curioso notar que o ato de dirigir estaria relacionado com o ato de dirigir a própria vida. Os homens se acham os melhores na direção e é fato que existem muitas piadas em torno da mulher ao volante. Ora, durante séculos da história da humanidade a direção sempre foi uma incumbência masculina. O homem dirigia o clã, a família até exércitos e países. A mulher passou a dirigir e ocupar as mesmas funções que o homem bem dizer há pouco tempo. Entretanto, a cada dia, mais e mais mulheres estão dirigindo, não só seu próprio carro como todo o resto.
Existem também detalhes curiosos: eu, por exemplo, detesto ocupar o banco do carona. Não gosto que "me dirijam", ou seja, prefiro eu mesma dirigir não só o carro como também a própria vida. Mas muita gente, homens e mulheres, preferem que a direção fique nas mãos de outra pessoa. Não acho ninguém melhor ou pior por causa disso; é apenas uma maneira que temos de nos conhecer melhor.
É interessante observar também nossa reação quando o carro apresenta problemas. Todo carro acaba tendo um problema, nem que seja um pneu furado. E o que a pessoa faz? Conserta logo, amarra um barbante, evita dirigir ou prefere não ter carro justamente para não ter que lidar com os problemas?
Outro detalhe que me faz pensar é o que sentimos quando precisamos dirigir o carro de outra pessoa. Eu não me sinto à vontade e prefiro não dirigir. E em relação a outra pessoa dirigindo o nosso próprio carro? O que sentimos?
O que a gente carrega dentro do carro de um lado pro outro também fala muito de nós. Carros cheios de ferramentas, de brinquedos, papéis, roupas... tem até carro sem nada dentro. O que há dentro do seu carro?
O que eu acho interessante é que podemos tentar nos conhecer melhor através dessa analogia. Nem sempre é fácil ver a si próprio. A mesma coisa se aplica quando falamos da nossa casa, mas sobre isso vou deixar pra falar depois.
Está cobertíssima de razão!!!
ResponderExcluirTenha um lindo final de semana!
Olá, Leila!
ResponderExcluirSão muitas coisas que podemos fazer por nós mesmos em qualquer lugar, inclusive no carro. Segundo, pessoas que cuidam em analsar o comportamento das pessoas, qualquer uma pessoa pode ter a personalidade analisada através do que uso, do se fala, do que tem em casa, etc.
Abraços
Francisco Castro
Leila,
ResponderExcluirAssino embaixo desse interessante e esclarecedor post.
Beijinhos
Muito bom o texto Leila,
ResponderExcluirDe certa forma, a analogia é irrefutável.
Conhece pessoas que não gostam de sair de casa? Dizem que ali é sua "caverna", seu lugar mais seguro.
Abraços
Leila, querida, uma analogia interessantíssima. Eu, que adoro dirigir, pensei muito lendo o teu texto. Da mesma forma, o ato de dirigir também pode aplacar uma série de frustrações, e talvez seja por isso que ocorrem tantos acidentes causados pela imprudência. Abraços!
ResponderExcluirDentro do meu carro tem uma lixeirinha para evitar jogar pela janela. Aqui em Curitiba vc nao vê gente jogando lixo pelas janelas dos carros.
ResponderExcluirTem um porta copo, pq sempre to tomando agua, Nescau(grande novidade né?) e um DVD que é pras meninas assistirem desenho quando o destino é meio longo.
E sou zeloso com meu carro, ele é sempre limpinho e cheiroso. é bom entrar num carro cheiroso né? Pq tenho um amigo que quando entro no carro dele só falto passar mal, é um cheiro de chulé daqueles brabo..
ahahaha
bjs
Muito bom o texto. Normalmente o carro acaba sendo um extensão da nossa casa. Quem nunca carregou um paletó pendurado para não amassar e colocar só na hora?
ResponderExcluirBeijocas
Hummm ...Leila, muito curioso esse seu post . Não estou certa das minha impressões... Vou pensar direito sobre esse assunto e volto aqui para dizer o que acho.
ResponderExcluirEninha
Bem interessante Leila.
ResponderExcluirSabe que ao ler tive que até que parar um pouco para refletir, pois sempre tratei os carros que tive na vida apenas como uma ferramenta (nunca tive maiores sentimentos com o pobre coitado... nem para descrevê-lo), mas para os lugares que morei, sempre tratei como meus castelos... (risos)... e agora fiquei dividido... Será que me descrevo nas casas ou nos carros? :-) rs
Gostei do texto minha amiga.
Beijos, Fernandez.
É Leila, se você estiver mesmo certa, chegarei a conclusão de que não sei dirigir minha própria vida... mas é só uma questão de tempo!
ResponderExcluirÓtimo post!!!
Beijos...
Olá Leila, minha querida!
ResponderExcluirNão tinha parado para fazer essa analogia, mas acompanhando o seu raciocínio, concordo! Também não gosto que dirijam a minha vida e nem o meu carro...rsrsrs... Quando escrever sobre a casa, acho que vou me identificar mais ainda, pois sou zelosa com meu lar, gosto de tudo arrumado, limpo e organizado (meus filhos me enlouquecem com isso!).
Grande beijo, adorei esse seu post!
Jackie
Trata-se apenas de um "bom" egoismo ... ou não.
ResponderExcluirOlá, Leila!
ResponderExcluirJá estava, e ainda estou (digo isso pra você continuar nos visitando, kkk) com saudades!
Tens razão, carros e casas são muito pessoais e refletem muito o seu dono.
Parabéns pelo feliz post!
P.s: conforme a sua solicitação, colocamos os links pras postagens sobre o Dia das Mãe lá no blog.
Bjs!
Rike.
Oi Leila
ResponderExcluirFoi perfeita sua analogia com o carro.O carro reflete muito da personalidade de uma pessoa e principalmente um valor que ela transfere para o carro.Conheci uma pessoa que não tinha o carinho dos pais, o pai preferia e dava atenção muito mais ao carro do que a seu filho, em alguns momentos ele disse que queria ser aquele carro para ter o carinho de seu pai, fiquei emocionada com seu relato.
Bjs no coração
Olha se vc está certa, minha vida está um bagunça! Brincadeirinha, vc tem razão, eu por exemplo não sei dirigir, mas fico dirigindo o motorista: não entra aqui, não corre, olha o caminhão, vai ficar parado ai?, adianta logo que ta livre, enfim... Sei que isso é pior que dirigir, mas não consigo controlar é automático. Isso deve ser devido ao fato de eu querer ficar controlando a vida das pessoas que me cercam. E eu sou super controladora!
ResponderExcluirAdorei a postagem, parabéns!
nossa meio dificil de ler seu blog por causa das cores...
ResponderExcluirlembrei mto da minha vó ao ler o post.. ela tinha um fusquinha amarelo que ela cuidava muito tambem.. passava uma flanela pra tirar o pó todos os dias.. e aos domingos levava eu e meus primos pro clube pra brincar.. excelente epoca... :p
Olá, muito interessante a matéria. Quanto a dirigir o carro de outra pessoa, tbm não me sinto muito a vontade.
ResponderExcluirAbraço.
http://proezass.blogspot.com
Sobre os carros tem algo muito interessante: tem gente que carrega um monte de feramentas no porta malas - o cara não entende nada mecânica, mas carrega. Será que a ver com insegurança ou o carro é que é velho mesmo?
ResponderExcluirAgora, dirigir carro de outra pessoa, eu dirijo normalmente, mas emprestar o meu - aí já é outra história. Aliás, tem um diatado que diz: carro, instrumento musical e mulher, não se empresta prá ninguém.