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Eu tenho 6 gatos (5 deles tinham sido abandonados quando filhotes e eu os recolhi da rua) e um cachorro, que é cego. Então, quando a campainha da minha casa tocou e vi que era uma amiga com um animalzinho preto e branco nos braços, eu pensei que fosse mais um gato salvo das ruas, por ela, que também ama os animais. Mas eu estava enganada. Minha amiga estava trazendo um coelho encontrado por ela! Morando em apartamento e já tendo 2 gatos e 2 cachorros, minha amiga não podia ficar com mais um animal.
Como eu poderia recusar ajuda a um serzinho tão fofo, delicado e indefeso? O coelho, que na verdade é uma coelha, logo recebeu o nome de Sarinha quando chegou aqui em casa. Ela foi encontrada na rua pela filha da minha amiga, debaixo de um carro, com a molecada toda atirando pedras para fazê-la sair de seu local seguro. Como ela foi parar ali no meio da rua ninguém sabe. Talvez tenha fugido, talvez tenha sido abandonada.
Minha amiga ainda ficou com a coelha no apartamento durante alguns dias para ver se o dono aparecia, mas ninguém estava procurando a coelha. Foi então que ela pensou em levá-la para minha casa.
As orelhinhas da Sarinha são assim caídas mesmo, é da raça. Isso dá a ela um ar tão simpático! Seu narizinho não para de trabalhar! Comprei uma gaiolinha especial para coelhos e forrei uma parte com um papelão para que as grades não machuquem seus pés e também para servir de caminha. Ela ganhou cenoura, repolho, couve, ração, água e capinzinho.
Apesar dessa aparência assim tão fofinha e boazinha, Sarinha é uma coelha voluntariosa. Quase que imediatamente ela reclamou da gaiola. Não queria ficar presa! Sacudiu as grades com os dentinhos e eu juro que se ela tivesse uma caneca, ela passaria a caneca pelas grades da gaiola fazendo barulho! Diante de tamanha revolta, eu abri a portinha da gaiola e deixei ela solta. Ela entra na gaiolinha pra comer e dormir, mas tudo com a porta aberta.
Desde que chegou aqui, Sarinha só faz coco e xixi num cantinho em cima do jornal. Não faz na gaiola de jeito nenhum. Nunca vi coelha mais educada! Uma coisa que me preocupou logo no início, é que eu não via a Sarinha bebendo água. Então comprei um bebedouro especial, que é feito uma garrafinha, ela gostou e mamou na garrafinha.
Meus gatos ficaram curiosos para ver a coelha. Mas sendo ela uma roedora e eles felinos, achei por bem deixá-los separados. Sarinha agora descobriu que é capaz de correr e pular com extrema velocidade! Eu deixo ela sair para fora de casa, mas só com a minha supervisão. Então ela corre, pula, dá coice... uma graça! Quando preciso entrar e vou colocar ela pra dentro de casa de novo, ela rosna! Não faz barulho, mas posso sentir a vibração com as minhas mãos.
Todos os dias a Sarinha vem comer cenoura na minha mão, mas quando está satisfeita e não quer mais, ela sacode as orelhas de um lado para o outro, como se estivesse dizendo "Não quero!!! Não quero mais!!!!".
A coisa mais engraçadinha é ver a Sarinha bocejando. Dá pra ver aquela boquinha cor de rosa e os dentinhos, que nem criança pequena quando só tem 2 dentinhos na frente!
Os coelhos costumam ser tímidos e arredios, mas a Sarinha contrariou tudo o que eu pensava sobre coelhos... porque ela se aproxima de mim, gosta que eu pegue nela, deixa eu fazer carinho no seu corpo inteiro, deixa até eu pegar em suas super patas traseiras e em seu rabinho de pompom.
Sinto que agora Sarinha é uma coelha feliz.
No meu caso foi o seguinte: eu tinha comprado uma casinha para o meu cachorro por 100 reais há algum tempo atrás e o cachorro nunca entrou dentro da casa. Detestou. Então eu fiquei com aquela casa lá só ocupando espaço. Então tive a ideia de colocar as caixas de areia dentro da casa do cachorro e ficou simplesmente ótimo! Não tem mais areia espalhada. Eu forrei o piso da casa com um plástico e todos os dias, eu tiro as caixas, tiro o plástico, jogo a areia que os gatos espalharam novamente dentro das caixinhas e pronto!
Os gatos são animais reservados. Eles não gostam de fazer as necessidades assim na frente de todo mundo num lugar aberto. Eles procuram um cantinho. Então a casinha de cachorro funcionou super bem porque eles entram na casinha e fazem o que tem de fazer sem ninguém ver.
Falar nisso, essa semana o meu gato Willian Wallace fez uma coisa que eu tive que rir. Ele foi no "banheirinho" e fez um tremendo xixizão dentro da caixinha. Ele devia estar prendendo a vontade de fazer xixi com preguiça de ir no banheiro. Então ele fez aquele xixizão enorme na caixinha e quando acabou, olhou, olhou, analisou e viu que tinha sobrado pouca areia na caixa pra cobrir todo aquele xixizão. Até tentou cobrir mas não quis se sujar. Daí, ele foi e fez um morro enorme de areia EM OUTRA CAIXA!!! Ficou o xixi numa caixa e o morro na outra, que não estava suja!
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Mas tem gente que nunca diz "Eu te amo". Há um freio, um bloqueio, quase dizem, mas não dizem nunca e depois até se arrependem. Existem até histórias tristíssimas de alguém que morre e a outra pessoa lamenta para sempre nunca ter dito a pequena frase de amor.
Entretanto, tem gente que diz "eu te amo" a cada 10 minutos. O pior é que quem ouve a frase se sente na obrigação de dizer o mesmo. Depois de algumas semanas ou meses aquilo até perde o significado, se é que alguma vez houve algum. Começam a dizer "Eu te amo" com a mesma entonação de quem diz "bom dia" ao vizinho que nem sabe o nome.
Tem gente que diz "eu te amo" cedo demais no relacionamento. Acabaram de se conhecer e em menos de uma semana a pessoa já está dizendo a bendita frase para o outro, que talvez não esteja crendo na seriedade da mesma.
Muitas pessoas se queixam e ficam tristes porque o companheiro diz pouco "Eu te amo". Mas é difícil saber a "medida" do outro. O quanto é muito e o quanto é pouco.
O ideal seria dizer "Eu te amo" toda vez que sentir vontade, toda vez que houver um clima, toda vez que houver de fato o sentimento de amor, mas certamente os tímidos não funcionam assim. Podem até amar de verdade, pensar na frase, mas raramente irão pronunciá-la.
Em momentos trágicos, quando se está à beira da morte, todos parecem querem dizer "Eu te amo" a alguém que nunca está presente. É um "Eu te amo" que sempre vem em forma de recado.
Nos Estados Unidos se diz "I love you" (eu te amo) muito mais do que nós aqui no Brasil. As pessoas dizem "I love you" quando se despedem no telefone ou mesmo num encontro qualquer na rua. Entre amigos, entre rapazes, é comum ouvir um deles dizer "I love you, man!" (Eu te amo, cara!) quando se despedem. Se um casal está brigando, um deles pode dizer "I love you", mas com a entonação de ("hellooo!"), pedindo uma pausa, um tempo na briga. "I love you" tem muitos significados diferentes. Não é como o nosso "Eu te amo" brasileiro, que a gente quase não ouve.
Pais e filhos, avós, netos e bisnetos também dizem "eu te amo". Amigos dizem um outro "eu te amo" igualmente verdadeiro. Podemos dizer "eu te amo" para qualquer pessoa que de fato admiramos.
A verdade é que a frase "Eu te amo" deve ser acompanhada de atitudes de amor. Palavras e atitudes devem ser compatíveis. Quem diz "Eu te amo" deve tratar bem o outro, deve pensar na pessoa, querer bem, fazer por ela, ser gentil, compartilhar, confidenciar, acreditar... ou seja, amar!
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