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Tem roupa pra lavar?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009 by Leila Franca


Um dos serviços da casa que mais toma tempo e energia é o cuidado que temos de ter com as nossas roupas. Lavar roupas não se resume em apenas colocá-las na máquina e apertar um botão. É um trabalho que começa desde a hora em que começamos a procurar por roupas sujas deixadas nos cômodos da casa até o momento que elas entram dobradinhas nas gavetas ou penduradas em cabides nos armários.

Se começarmos a adiar a tarefa de lavar as roupas, podemos chegar a um ponto em que as gavetas ficarão quase vazias e a área de serviço parecerá não caber a "montanha" que irá se formar. Então pensamos que temos "poucas" meias, "poucos" panos de prato e começamos a comprar mais, fazendo a "montanha" aumentar.

Certa vez conheci uma pessoa que tinha um bom emprego, mas que ainda morava com os pais. Conversa vai, conversa vem, ela me falou que ainda não tinha ido morar sozinha porque se fosse teria que lavar suas roupas e, morando com os pais, havia quem tratasse deste "problema" para ela e assim não tinha com que se preocupar. É por isso que muitos jovens chegam à idade adulta sem saber o que fazer para ter suas roupas limpas na gaveta.

A tarefa de lavar roupas começa no momento em que você entra no banheiro, nos quartos e até na sala e na cozinha a procura de roupas sujas. Muita gente, de todas as idades, tem hábito de deixar suas roupas sujas no chão, o que só faz piorar o trabalho de deixá-las limpas. A roupa deixada no chão vai pegar poeira, fios de cabelo, pelos de gatos ou cachorros e até pequenos insetos mortos ou vivos! A pessoa que está a procura de roupas sujas pela casa, há de olhar atrás das portas, debaixo das camas, atrás dos sofás, sobre os assentos e encostos, nas maçanetas, além de obviamente no cesto de roupa suja.

Depois de recolher todas as roupas sujas, teremos que separá-las por cor e por tipo. Roupas escuras, coloridas, claras e brancas. Roupas finas, panos de cozinha, roupas íntimas não devem se misturar. Quem tem espaço em casa pode usar dois cestos de cores diferentes e quando for colocar a roupa suja na área de serviço, já vai colocando a roupa escura e colorida num cesto e a roupa clara em em outro. Os panos de cozinha e toalhas de mesa do dia a dia podem ficar numa bacia separada das roupas íntimas e das meias.

Enquanto estamos separando as roupas, podemos verificar se existem moedas, papel, documentos etc nos bolsos. Bermudas e calças masculinas possuem bolsos até não poder mais... podemos encontrar de tudo ali, já que os homens adoram colocar tudo nos bolsos para andar com as mãos livres. Se esta etapa não for feita, podemos acabar lavando na máquina dinheiro, carteiras, celular etc.

Precisamos descobrir quais são as roupas que soltam tinta e lavá-las à mão, separadamente. A roupa de cama pode ser lavada junto com as toalhas de banho. Roupas muito sujas devem ser lavadas à mão antes de serem colocadas na máquina. Roupas claras podem ser lavadas junto com as brancas, mas algumas roupas brancas devem ser lavadas separadamente, com alvejante, ou então ficarão com aspecto encardido. A roupa mais nova ou mais fina, bordada ou com aplicações, deverá ser lavada à mão.

Se a roupa possui fechos, estes devem ficar fechados, os botões abotoados e se a roupa possui tiras de qualquer espécie, não devemos deixar estas tiras soltas. Podemos prender essas tiras ou fitas num laço ou lavar a roupa dentro de uma fronha, senão essas tiras vão dar um nó na roupa. Se a roupa tiver bolsos, estes devem ser virados para fora para que o fundo fique livre das sujeirinhas que se acumulam ali.

Quem tem bebê em casa deve tomar cuidado com as micro meias, sapatinhos de lã, camisetinhas, touquinhas e outras roupinhas pequenas. Elas podem desaparecer se colocadas na máquina. É melhor que sejam lavadas à mão, logicamente tudo separado das roupas do resto da família.

Falando em roupa de lã, temos que ter cuidado com o peso dessas roupas depois de molhadas. Geralmente as roupas de lã, assim como acolchoados e roupas de moletom, são leves enquanto estão secas mas ficam super pesadas depois de molhadas. É sempre bom verificar no manual o peso que sua máquina pode suportar.

Gosto de usar o sabão em pó da melhor qualidade, quase sempre o mais caro, nas roupas. Acho que vale a pena, mas também compro sabão em pó dos mais baratos para lavar o chão. O mesmo vale para os amaciantes. Não uso produtos sem marca vendidos nas ruas por ambulantes.

Já li em algum lugar que é bom juntar roupa suja e ligar a máquina em sua capacidade máxima a fim de economizar luz, mas não gosto muito dessa ideia. Parece que a roupa não fica tão bem lavada se a máquina de lavar estiver muito cheia de roupa. Prefiro colocar menos roupa e economizar luz de outras formas.

Mas depois que colocamos toda a roupa na máquina, fechamos a tampa e giramos o botão, parece até que a área ficou maior e mais clara! É um alívio, mas um alívio apenas temporário... Terminada a lavagem não é bom "esquecermos" a roupa na máquina até o dia seguinte, por exemplo. Muitas roupas se deixadas em contato com as outras assim molhadas poderão manchar. Então, para evitar surpresas desagradáveis, devemos tirar logo a roupa da máquina, assim que terminar de lavar.

Se você tem uma daquelas secadoras grandes, que secam a roupa com ar quente e centrifugação, tem apenas que tomar cuidado com as roupas de lã, que não devem entrar neste tipo de secadora. Seu suéter favorito pode se tornar um casaquinho de bebê... As roupas de lã encolhem muito nesse tipo de secadora. As roupas devem ser retiradas da secadora e dobradas assim que terminar a secagem, pois assim a maioria das roupas não precisarão do ferro de passar.

Mas mesmo quem tem secadora deve preferir usar o varal para estender suas roupas nos dias quentes, se houver espaço e deixar a secadora para os dias frios ou chuvosos. Para estender a roupa no varal, tome cuidado com os pregadores de madeira, que sujam com facilidade as roupas brancas e com os de plástico que podem se quebrar com uma roupa mais pesada (você não quer encontrar sua calça jeans no chão). Devemos estender as roupas escuras na sombra e deixar as claras no sol. Cuidado para não estender roupas embaixo de árvores onde os passarinhos poderão sujar as roupas estendidas. Cuidado também com varais muito baixos se sua casa tem cachorro ou gato. Eles poderão puxar as roupas estendidas para se deitar sobre elas.

Na hora de estender as roupas, procure usar os pregadores na parte mais firme da roupa. Devemos observar também se a roupa irá ficar deformada quando presa aos pregadores. Se isso acontecer, podemos colocar a roupa num cabide plástico e pendurar o cabide no varal ou então secar a roupa estendida sobre uma toalha limpa.

Nunca deixe a roupa ficar na corda ao ar livre de um dia para o outro pois pode chover durante a noite. O ar da noite também é capaz de deixar as roupas úmidas. Então é melhor recolher as roupas ao entardecer e colocá-las em algum lugar coberto se ainda estiverem molhadas. Quando retirar a roupa da corda ou da máquina de secar, use uma bancada para ir dobrando cada peça conforme for retirando os pregadores. Gosto de tirar as roupas de algodão um pouquinho "antes da hora", quando estão ainda meio úmidas, pois é mais fácil de passar. Nesse caso, passe logo estas peças de roupa e guarde nos cabides ou gavetas, mas sempre verifique se o ferro de passar está com fundo limpo. As roupas de algodão ainda úmidas ficam sujas facilmente.

Muitas roupas esticadas e dobradas assim que são retiradas do varal dispensam o ferro de passar. Na hora que estamos dobrando, podemos ver se alguma roupa está com a bainha despencada, sem botão ou com o botão quase caindo ou descosturadas. Essas roupas que precisam de reparos devem ser consertadas logo, antes de voltarem às gavetas, caso contrário, na próxima lavagem seu aspecto vai piorar. O botão quase caindo vai cair de vez, a bainha despencando vai ficar toda despencada e assim por diante.

Quando finalmente a roupa é colocada nas gavetas e cabides... Bem, então está na hora de voltar para o início e começar a procurar roupa suja pela casa, porque com certeza haverá.

Washing Day


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Cofres de Porquinho

terça-feira, 6 de outubro de 2009 by Leila Franca


Piggy bank

Muitas crianças pequenas pensam que os bancos dão dinheiro aos pais. Seria bom se fosse verdade. Toda vez que precisássemos de dinheiro, só teríamos de ir até o banco e pegar mais. É até difícil explicar para estas criancinhas que o banco apenas guarda o nosso dinheiro e que precisamos primeiramente depositar uma quantia para poder então retirar (realmente isso parece não ter muita lógica!) ou que é a empresa onde trabalhamos que deposita uma certa quantidade de dinheiro em nossa conta bancária todo mês.

Pior ainda é quando aquela criancinha que acabou de fazer 4 anos sugere que a gente compre alguma coisa usando o cartão... Aí é mais difícil de explicar! Como dizer que tem cartão de crédito e débito, que temos um limite no cartão de crédito e outro no de débito (que depende de quanto temos no banco), que existem datas melhores e outras piores para usar o cartão de crédito?

A verdade é que apesar de existir um número gigante de crianças vivendo em situação de miséria, há também uma porção de crianças que se diverte gastando o dinheiro dos pais. Antigamente as crianças esperavam o aniversário, o dia das crianças e o Natal para ganhar um presente. Agora, com os shoppings instalados em toda parte, muitas crianças só querem saber de comprar.

As crianças acompanham as novidades através dos anúncios da televisão, enquanto estão assistindo seus desenhos animados favoritos. Elas querem tudo oferecido pelos anunciantes. Alguns pais até evitam passar perto de um McDonalds ou entrar numa loja qualquer se estão acompanhados dos filhos gastadores. Os parentes ficam sem saber que presente levar numa festinha de aniversário, uma vez que as criancinhas aniversariantes já possuem basicamente todos os brinquedos que estão nas lojas.

E quando essas criancinhas se tornarem adultos, saberão economizar? A verdade é que só conseguiremos juntar dinheiro se pararmos de gastar. Não importa o quanto se ganhe, desde o pequeno até o mais alto salário, a nossa riqueza dependerá do quanto iremos guardar. Muita gente diz que só poderá guardar dinheiro no dia que ganhar mais. Isso é uma ilusão, porque quando essas pessoas ganharem mais, irão aumentar seus gastos, suas necessidades se ampliarão e o dinheiro continuará faltando. Devemos guardar nem que seja uma pequena quantia, mesmo se o orçamento estiver apertado.

Por tudo isso, acho que um bom presente para uma criança que tem de tudo é um cofre de porquinho ou outro bichinho qualquer. Que ela aprenda a separar uma moedinha por dia, que aguarde pacientemente o cofrinho encher, que faça planos, que sonhe e realize o que desejar.

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Como dar banho num gato

segunda-feira, 5 de outubro de 2009 by Leila Franca


Os gatos são animais limpos por natureza. Passam o dia se limpando e se você tem mais que um gato, então sabe que um felino limpa o outro nos lugares onde não conseguem alcançar com a língua, geralmente a cabeça e orelhas. A língua do gato parece uma escovinha. Talvez seja por isso que os gatos não gostam de água.

Mas às vezes o banho de verdade, com água e sabão (ou shampu), é necessário. Meu gato Willian Wallace foi jogado na minha casa quando era ainda um bebezinho. Ele estava todo sujo de lixo seco, lama e fezes. Não tinha outro jeito, teve que tomar banho. O pobrezinho deve ter sido jogado no lixo, alguém o pegou e o colocou na minha casa. Ele era mais feio do que tudo. Depois o patinho feio virou um cisne, de tão lindo.

Mas voltemos ao banho. Para dar banho num gato, precisamos começar com os preparativos. Prefira os dias quentes e a hora mais quente do dia. Escolha o lugar onde vai ser o banho. Aconselho um lugar pequeno e fechado, onde ele não possa fugir. O banheiro é o ideal.

Comece preparando o local. Gato é imprevisível. A gente nunca sabe qual será sua próxima reação. Então seja radical e tire tudo, mas tudo mesmo, que possa ser retirado, de dentro do banheiro. Toalhas, escovas, shampu, condicionador, pequenos armários removíveis, cestas, roupa, prateleiras de vidro, tapetinhos, sabonetes, etc. Tire tudo. Deixe o banheiro sem nada dentro. O gato pode tirar uma prateleira de vidro do lugar, quebrar um perfume, molhar as toalhas, escovas, virar lata de lixo, então é melhor prevenir.

Também é bom pegar uma vassoura e varrer o banheiro antes de começar o banho. Às vezes quando a gente tira um tapete fica uma poeirinha embaixo. Essa poeirinha vai virar uma lama se molhar, então é melhor varrer e tirar o lixinho.

Providencie uma bacia, uma caneca para jogar água, o shampu ou sabonete, uma toalha para enxugar o gato depois do banho. Tudo isso antes de começar o banho. Também é importante que você não fique descalço. O gato pode sair andando e fazer xixi no chão enquanto toma banho e você não vai querer pisar no xixi descalço, não é?

Pegue uma bacia e encha de água morna, quentinha, como se você fosse dar banho num bebê. Só depois de tudo pronto é que você vai pegar o gato. Entre no banheiro com ele no colo e feche a porta antes de colocá-lo na água. Se o gato ficar quieto dentro da água (o Willian Wallace fica) vá molhando com a caneca. Cuidado com os olhos e as orelhas do gato. Não deixe entrar água no ouvido nem espuma nos olhos. Dependendo do comportamento do gato na hora do banho, você poderá até dispensar a caneca e usar o chuveirinho do banheiro para tirar o sabão.

Nunca grite ou faça barulho. Vá conversando com seu gato, com a voz suave, que ele vai ficar tranquilo. Os gatos se guiam muito pelo nosso próprio comportamento. Se ele começar a andar todo molhado dentro do banheiro e você se aborrecer, a coisa só vai piorar. Em vez disso, aproveite a hora de ensaboar ou tirar o sabão para fazer carinho e falar bem tranquilamente com ele, que ele vai colaborar.

Acabado o banho, enxugue bem o gato com a toalha. Então agora já pode abrir a porta do banheiro. Gatos não gostam do barulho do secador de cabelo. Também é melhor não mexer em secador enquanto o banheiro estiver molhado, certo? Se for usar o secador, use em outro cômodo da casa.

Deixe seu gato terminar de secar no sol. Depois do banho ele vai ficar cheiroso e brilhando!


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Aconteceu na fila do banco...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009 by Leila Franca


Todo mundo detesta - odeia - fila de banco, certo? Quando "cai o sistema" (como assim???), as pessoas olham umas para as outras com um ar de indignação e ódio total. Dá um vazio, um desespero, parece que ficamos sem chão, sem pai nem mãe de repente.

Além disso, existem aqueles probleminhas irritantes, que parece que só acontecem na nossa vez: aquele cliente que não sai nunca do caixa, parando a fila, nos deixando a pensar: "que diabos essa pessoa está fazendo ali há tanto tempo?!" Ou então é aquela máquina que está sem papel e você tem que pagar uma conta e precisa do comprovante, a máquina com um bilhete escrito à mão por algum funcionário do banco a dizer que está inoperante, a máquina com a tecla afundada, que bate sempre duas vezes o mesmo número e faz você errar sua senha, a máquina que prende o cartão, a que não lê direito, fazendo parecer que você está com um cartão que não lhe pertence. Isso sem falar daquelas máquinas que não leem direito o código de barras e você tem que ficar ali digitando aquele número gigantesco, contando quantos zeros tem que escrever...

Da fila propriamente dita, acho irritante aquelas pessoas que não se movem do lugar quando a fila anda. Todo mundo dá um passo à frente, mas a partir daquela pessoa ninguém mais pode andar. O pior é quando chega o carro forte, com aqueles seguranças que parecem da SWAT e a gente fica com medo de algum assalto bem na hora que a gente está ali.

Bancos com várias filas ficam ainda mais confusos em dia de muito movimento. Tem a fila do "povo" (o usuário que não é cliente do banco), a dos clientes, dos super clientes, dos idosos, do depósito, do cheque... É muita fila.

Alguns bancos já chegaram à conclusão que colocar uma fileira de assentos para os usuários não é tão caro assim e instalaram poltronas no salão. Em muitos lugares, essas cadeiras são apenas para idosos e deficientes físicos, como se uma pessoa de menos de 65 anos não ficasse cansada também. O pior são aqueles bancos que exibem 20 caixas, mas só 2 funcionam (acontece o mesmo em supermercados). Ou quando você vê que 5 operadores estão sentados lá, mas parece que só um de fato trabalha.

Muitas pessoas conversam nas filas dos banco. A conversa geralmente gira em torno de alguma reclamação, pelo menos começa assim, depois o papo fica mais relaxado e muitos acabam até trocando números de telefone. Também tem aquelas pessoas ingênuas que aparecem com a senha escrita em números garrafais num pedaço de papel.

Noutro dia eu estava numa fila enorme no banco e a um metro na minha frente havia um senhor aparentando seus 75 ou 80 anos. Ele era magrinho e enérgico, com os cabelos totalmente brancos e conversava animadamente com algumas pessoas ao seu redor. Eu não conversava com ele, mas prestava atenção à conversa. A fila dos idosos estava praticamente vazia, devia ter apenas uma ou duas pessoas, e a fila onde aquele senhor idoso e eu estávamos era enorme.

De repente, uma pessoa que estava na minha frente perguntou ao velhinho: "Por que o senhor não vai para a fila dos idosos? Está vazia!" E ele respondeu: "Eu não!!! Aqui é o único lugar que eu converso!!! Se eu for pra aquela fila, vou logo embora pra casa!"

E eu fiquei a pensar... Pois é, enquanto a gente reclama da fila, da demora e de tudo mais, exatamente todas essas coisas são importantes para alguém. O único lugar que o velhinho encontrava com quem conversar era na fila do banco que, para ele, era super importante e que não deveria jamais terminar.


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A história da coelha Sarinha

quarta-feira, 30 de setembro de 2009 by Leila Franca


Eu tenho 6 gatos (5 deles tinham sido abandonados quando filhotes e eu os recolhi da rua) e um cachorro, que é cego. Então, quando a campainha da minha casa tocou e vi que era uma amiga com um animalzinho preto e branco nos braços, eu pensei que fosse mais um gato salvo das ruas, por ela, que também ama os animais. Mas eu estava enganada. Minha amiga estava trazendo um coelho encontrado por ela! Morando em apartamento e já tendo 2 gatos e 2 cachorros, minha amiga não podia ficar com mais um animal.

Como eu poderia recusar ajuda a um serzinho tão fofo, delicado e indefeso? O coelho, que na verdade é uma coelha, logo recebeu o nome de Sarinha quando chegou aqui em casa. Ela foi encontrada na rua pela filha da minha amiga, debaixo de um carro, com a molecada toda atirando pedras para fazê-la sair de seu local seguro. Como ela foi parar ali no meio da rua ninguém sabe. Talvez tenha fugido, talvez tenha sido abandonada.

Minha amiga ainda ficou com a coelha no apartamento durante alguns dias para ver se o dono aparecia, mas ninguém estava procurando a coelha. Foi então que ela pensou em levá-la para minha casa.

As orelhinhas da Sarinha são assim caídas mesmo, é da raça. Isso dá a ela um ar tão simpático! Seu narizinho não para de trabalhar! Comprei uma gaiolinha especial para coelhos e forrei uma parte com um papelão para que as grades não machuquem seus pés e também para servir de caminha. Ela ganhou cenoura, repolho, couve, ração, água e capinzinho.

Apesar dessa aparência assim tão fofinha e boazinha, Sarinha é uma coelha voluntariosa. Quase que imediatamente ela reclamou da gaiola. Não queria ficar presa! Sacudiu as grades com os dentinhos e eu juro que se ela tivesse uma caneca, ela passaria a caneca pelas grades da gaiola fazendo barulho! Diante de tamanha revolta, eu abri a portinha da gaiola e deixei ela solta. Ela entra na gaiolinha pra comer e dormir, mas tudo com a porta aberta.

Desde que chegou aqui, Sarinha só faz coco e xixi num cantinho em cima do jornal. Não faz na gaiola de jeito nenhum. Nunca vi coelha mais educada! Uma coisa que me preocupou logo no início, é que eu não via a Sarinha bebendo água. Então comprei um bebedouro especial, que é feito uma garrafinha, ela gostou e mamou na garrafinha.

Meus gatos ficaram curiosos para ver a coelha. Mas sendo ela uma roedora e eles felinos, achei por bem deixá-los separados. Sarinha agora descobriu que é capaz de correr e pular com extrema velocidade! Eu deixo ela sair para fora de casa, mas só com a minha supervisão. Então ela corre, pula, dá coice... uma graça! Quando preciso entrar e vou colocar ela pra dentro de casa de novo, ela rosna! Não faz barulho, mas posso sentir a vibração com as minhas mãos.

Todos os dias a Sarinha vem comer cenoura na minha mão, mas quando está satisfeita e não quer mais, ela sacode as orelhas de um lado para o outro, como se estivesse dizendo "Não quero!!! Não quero mais!!!!".

A coisa mais engraçadinha é ver a Sarinha bocejando. Dá pra ver aquela boquinha cor de rosa e os dentinhos, que nem criança pequena quando só tem 2 dentinhos na frente!

Os coelhos costumam ser tímidos e arredios, mas a Sarinha contrariou tudo o que eu pensava sobre coelhos... porque ela se aproxima de mim, gosta que eu pegue nela, deixa eu fazer carinho no seu corpo inteiro, deixa até eu pegar em suas super patas traseiras e em seu rabinho de pompom.

Sinto que agora Sarinha é uma coelha feliz.

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Gatos que espalham areia pela casa

domingo, 27 de setembro de 2009 by Leila Franca


Tive uma ideia para solucionar o caso dos gatos que espalham areia da caixa pela casa toda. Coloquei a caixinha de areia dentro de uma casinha de cachorro! Ficou um banheirinho! Os gatos adoraram.

No meu caso foi o seguinte: eu tinha comprado uma casinha para o meu cachorro por 100 reais há algum tempo atrás e o cachorro nunca entrou dentro da casa. Detestou. Então eu fiquei com aquela casa lá só ocupando espaço. Então tive a ideia de colocar as caixas de areia dentro da casa do cachorro e ficou simplesmente ótimo! Não tem mais areia espalhada. Eu forrei o piso da casa com um plástico e todos os dias, eu tiro as caixas, tiro o plástico, jogo a areia que os gatos espalharam novamente dentro das caixinhas e pronto!

Os gatos são animais reservados. Eles não gostam de fazer as necessidades assim na frente de todo mundo num lugar aberto. Eles procuram um cantinho. Então a casinha de cachorro funcionou super bem porque eles entram na casinha e fazem o que tem de fazer sem ninguém ver.

Falar nisso, essa semana o meu gato Willian Wallace fez uma coisa que eu tive que rir. Ele foi no "banheirinho" e fez um tremendo xixizão dentro da caixinha. Ele devia estar prendendo a vontade de fazer xixi com preguiça de ir no banheiro. Então ele fez aquele xixizão enorme na caixinha e quando acabou, olhou, olhou, analisou e viu que tinha sobrado pouca areia na caixa pra cobrir todo aquele xixizão. Até tentou cobrir mas não quis se sujar. Daí, ele foi e fez um morro enorme de areia EM OUTRA CAIXA!!! Ficou o xixi numa caixa e o morro na outra, que não estava suja!

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Você diz "Eu te amo"?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009 by Leila Franca


Geralmente a história é a seguinte: homem e mulher se conhecem, se interessam um pelo outro, começam a se relacionar e mais cedo ou mais tarde um deles diz "Eu te amo".

Mas tem gente que nunca diz "Eu te amo". Há um freio, um bloqueio, quase dizem, mas não dizem nunca e depois até se arrependem. Existem até histórias tristíssimas de alguém que morre e a outra pessoa lamenta para sempre nunca ter dito a pequena frase de amor.

Entretanto, tem gente que diz "eu te amo" a cada 10 minutos. O pior é que quem ouve a frase se sente na obrigação de dizer o mesmo. Depois de algumas semanas ou meses aquilo até perde o significado, se é que alguma vez houve algum. Começam a dizer "Eu te amo" com a mesma entonação de quem diz "bom dia" ao vizinho que nem sabe o nome.

Tem gente que diz "eu te amo" cedo demais no relacionamento. Acabaram de se conhecer e em menos de uma semana a pessoa já está dizendo a bendita frase para o outro, que talvez não esteja crendo na seriedade da mesma.

Muitas pessoas se queixam e ficam tristes porque o companheiro diz pouco "Eu te amo". Mas é difícil saber a "medida" do outro. O quanto é muito e o quanto é pouco.

O ideal seria dizer "Eu te amo" toda vez que sentir vontade, toda vez que houver um clima, toda vez que houver de fato o sentimento de amor, mas certamente os tímidos não funcionam assim. Podem até amar de verdade, pensar na frase, mas raramente irão pronunciá-la.

Em momentos trágicos, quando se está à beira da morte, todos parecem querem dizer "Eu te amo" a alguém que nunca está presente. É um "Eu te amo" que sempre vem em forma de recado.

Nos Estados Unidos se diz "I love you" (eu te amo) muito mais do que nós aqui no Brasil. As pessoas dizem "I love you" quando se despedem no telefone ou mesmo num encontro qualquer na rua. Entre amigos, entre rapazes, é comum ouvir um deles dizer "I love you, man!" (Eu te amo, cara!) quando se despedem. Se um casal está brigando, um deles pode dizer "I love you", mas com a entonação de ("hellooo!"), pedindo uma pausa, um tempo na briga. "I love you" tem muitos significados diferentes. Não é como o nosso "Eu te amo" brasileiro, que a gente quase não ouve.

Pais e filhos, avós, netos e bisnetos também dizem "eu te amo". Amigos dizem um outro "eu te amo" igualmente verdadeiro. Podemos dizer "eu te amo" para qualquer pessoa que de fato admiramos.

A verdade é que a frase "Eu te amo" deve ser acompanhada de atitudes de amor. Palavras e atitudes devem ser compatíveis. Quem diz "Eu te amo" deve tratar bem o outro, deve pensar na pessoa, querer bem, fazer por ela, ser gentil, compartilhar, confidenciar, acreditar... ou seja, amar!

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