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Hoje eu estava me lembrando de uma passagem de um dos livros de Carlos Castañeda, quando o índio bruxo mostra ao jovem Carlitos o cômodo vazio de uma casa abandonada no deserto e diz que sua missão naquele dia era encontrar o seu lugar naquele espaço. Sem mais detalhes, o índio partiu e o rapaz ficou a pensar no que significava aquela enigmática tarefa.
Sentou-se em vários pontos daquela sala vazia sem descobrir o que diferenciava um do outro. Ele se arrastou pela sala, sentando-se em cada centímetro quadrado daquele piso durante a noite inteira, sem descobrir coisa alguma. Por fim, o jovem adormeceu de exaustão sem cumprir a ordem do índio.
No dia seguinte, quando o índio chegou, Carlitos tentou se explicar, mas para sua surpresa o bruxo lhe disse que ele havia tido êxito na missão. O seu lugar naquele espaço era exatamente onde havia adormecido. Só no seu ponto ele poderia ter relaxado o suficiente e dormir. Naquele ponto ele se sentiria bem e seria invencível. Mais tarde, Carlitos observou que cada índio, ao se aproximar de uma reunião procurava o seu próprio ponto.
Fazemos isso intuitivamente quando nos sentamos sempre na mesma posição na mesa do jantar, numa sala de espera, em qualquer lugar. A cada vez que me sinto desconfortável ou inquieta em determinado ambiente penso na lição do índio e tento encontrar o meu lugar.
21 comentários:
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23 de abril de 2010 às 15:57
Leila eu amo os livros do Castañeda e já li quase todos...adoro cada ensinamento que os livros contém.... este do espaço é muito bom e simples... Também tento achar meu espaço em cada lugar que vou!
Que bom que você voltou a ativa, adoro seus post....
Beijo no coração
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23 de abril de 2010 às 16:11
Lembrei-me dos gatos. Dão dezenas de voltas até achar um canto para descansar, escolhem a casa onde querem viver, mesmo que não o alimem, ele sairá em busca do alimento e voltará para descansar naquele lugar.
Acho que sou um pouco como os gatos...
Beijocas
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23 de abril de 2010 às 18:05
Leila, voce curte Carlos Castañeda? Ja leu o "Porta para o infinito"?
muito bom.
legal o seu texto.
bjs
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23 de abril de 2010 às 18:58
Não sei, mas acho que o seu melhor lugar é dentro de você mesmo, assim em qualquer ponto da sala se dormiria tranquilamente e sem espera ficar exausto!
Que me desculpe o Carlos Castañeda.
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23 de abril de 2010 às 21:47
Eu gosto muito de Castañeda. Boa indicação. E assim como a Cris lembrou dos gatos, eu tambem! kkkkkk A minha fica ainda apertando com as patinhas até resolver deitar!
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24 de abril de 2010 às 20:00
Blog Novo ! Muto bom seu novo layout :)
Leila, acho que tenho qualquer coisa desse ìndio .Tem determinados lugares em restaurantes , salas de reuniões, sala de estar etc ,etc que me deixam extremamente desconfortavel. Eu procuro imediamente achar um lugara "conviniente" e não fico em nenhuma hipótese onde não me sinta confortável .
abs
Eninha
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25 de abril de 2010 às 08:13
Esse Índio sabe das coisas amiga, desculpa a demora, mais cheguei ufa hahaha
Abraços forte
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25 de abril de 2010 às 11:25
OLá Leila,
Gostei muito do post. Aliás Castañeda é excelente.
Essa é uma grande verdade. Todos buscamos nossos lugares.
Abraços fraternais
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27 de abril de 2010 às 02:59
Sensacional, Leila Franca!!!...Achei mesmo um grande barato esta fabula, encantador!!!
…Você deve saber que está rolando um boato que o meme virou mania no diHITT, certo?!
…Quando tu pudér…confere o meu recente post lá:“6 Coisas Que Você Não Sabe ( Sobre Mim? )”, certo?!
…Como sou seu fã não pude deixar de representá-la, ok?!
Até mais...
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28 de abril de 2010 às 10:39
Interessante. Se aplica a qualquer lugar. Também os alunos sempre se sentam na mesma carteira da sala de aula...
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29 de abril de 2010 às 19:02
E quem nunca se sentiu assim neh? Eu já conhecia essa história, e gostei de reler =]
Bjs
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30 de abril de 2010 às 11:47
"Esse é o meu lugar". ou "Não sente ali porque é o lugar de fulano".
Quem já não ouviu ou proferir expressões semelhantes?
E agora, lendo seus escritos, dou-me conta de uma interpretação do porquê isso ocorre.
Se chegamos a um local diferente, um restaurante por exemplo, escolhemos uma mesa e, normalmente, em nova visita, procuramos ocupar o mesmo espaço.
Por outro lado, em uma sala de aula, para melhor ilustrar, sempre tivemos nosso próprio cantinho. Se por algum motivo trocássemos de lugar, nos acometia uma sensação estranha, incômoda, indescritível.
Muito interessante a escolha de sua postagem. Parabéns.
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4 de maio de 2010 às 16:40
Ótima estória! Esse é o sentido, devemos descansar onde nos sentimos seguros.
Gostei muito das imagens, e do que li.
Um abraço!
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Quem sou eu
- Leila Franca
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Escritora freelance, arquiteta, escultora, pintora,miniaturista, professora... a cada dia descubro mais sobre mim.
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23 de abril de 2010 às 15:33
Olá Leila,
Ótima indicação!
Realmente há algo de misterioso nesse comportamento humano, mas é uma realidade. Em cada ambiente que adentramos, encontramosuma "zona de conforto", que parece ser nosso equilibrio interno e externo...mistério...kkkkk
Abraços.
Sonia Costa