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Minha vida numa mala

terça-feira, 24 de abril de 2012 by Leila Franca

Estou reduzindo aos poucos minha quantidade de pertences. A gente não precisa de muito pra viver. Gosto da ideia de ter poucos objetos pessoais, pouca "tralha". Afinal, o melhor de nossas vidas está na nossa memória e ocupa pouquíssimo espaço.

Comecei doando roupas. Pra quê tanta roupa? Todas as mulheres adoram pensar em renovar o guarda-roupa, mas nem sempre é possível porque é tanta coisa, não é mesmo? Agora, se a gente tiver poucas peças, renovar o guarda-roupa passa a ser perfeitamente possível! É ótimo vestir uma roupa nova. Adoramos.

Ás vezes a gente guarda umas roupas por anos a fio, por décadas, sem nunca usar! Só porque a roupa é "boa" porque comprou em tal lugar, em outra cidade, outro país, numa viagem, ganhou de presente.... Ah! São tantas desculpas pra se ter aquela roupa pendurada no armário sem usar! 

Tem que respirar fundo, agir de impulso, colocar aquela roupa toda num saco e pluft! Desaparecer com aquilo pra sempre! Não pense mais. A gente esquece que tinha.

 

Doei também meus livros. Eu tinha muito livro! Mas sabe que os melhores livros que eu li foram aqueles que li na adolescência, quando eu não podia comprar livro nenhum e pegava tudo emprestado na biblioteca. Nada mais justo se agora, enquanto adulta, eu pegue quase todos os livros que consegui obter, coloque na mala do carro e doe para a biblioteca! Foi o que fiz! Só guardei comigo alguns livros que irei ler de novo. (sim, alguns livros eu leio de novo.)

Os objetos que se acumulam pela casa, que pegam poeira, que precisam ser organizados, que exigem manutenção, que ficam velhos e que não temos coragem de dispensar possuem uma carga emocional. Eles nos cansam, nos deixam cansados, absorvem nossa energia. Por isso precisamos ir para outro lugar quando queremos férias. Por isso gostamos tanto de ir para um quarto de hotel, onde tudo é impessoal.

As coisas precisam partir e nós precisamos de muito pouco para viver bem. Menos coisas ao redor, mais dinheiro na conta bancária e a mobilidade nômade que ficou quase perdida na História. 


5 comentários:

  1. Menina das Agulhas
    24 de abril de 2012 às 15:17

    Leila querida, boa tarde!

    Concordo com você, muitas vezes levanto de manhã e digo: hoje é o dia certo para arrumar o armário, ou alguma gaveta. Costumo dizer que acordei inspirada!! Esqueço os apegos e procuro ser decidida, mas, mesmo assim... infinitas coisas surgem e em pouco tempo, pilhas e pilhas de coisas novamente...
    Ótimo texto! Inspirador, acho que preciso retirar muitas coisas dos armários...

    bjs!!
    Lu

  1. Leila Franca
    24 de abril de 2012 às 16:05

    Olá,

    Se livrar do excesso de objetos deve ser feito constantemente. A medida que a gente vai comprando deve ir dispensando outras coisas.

    Leila

  1. Valéria Braz
    24 de abril de 2012 às 16:24

    Oi minha querida... sabe que tenho feito isto a um tempinho. Reduzi meu guarda roupa em só roupas que uso. Também adotei a posição de que se compro uma peça nova, tenho que tirar uma peça mais velhinha.... está sendo ótimo este exercício, me sinto sempre recebendo coisas novas....
    Na casa, não consigo ficar com a sensação de coisa velha... é que sempre troco as coisas de lugar que dão um ar de novidade... mas quando tiver um pouco mais de tranquilidade financeira vou começar a mudar isto também....
    Deixar ir o velho para o novo chegar.... é muuuuuiiiiittttoooo bom!
    Beijo no coração

  1. Leila Franca
    24 de abril de 2012 às 16:31

    Oi Valéria,

    Acho isso importante porque conheço algumas pessoas que fazem exatamente o contrário e aí eu vejo como o excesso de objetos pode ser um fator paralizante e até sufocante na vida de alguém.

    bjs

  1. Marcos Mariano
    24 de abril de 2012 às 20:15

    Atitudes como essa são terapêuticas e renovadoras, tanto no sentido material, como espiritual, pois ver que nossas coisas estão sendo útil ou beneficiando alguém da um refrigério na alma. de vez em quando também faço isso, pego o que não uso, dou-o para quem precisar ou para instituições onde será realmente útil.

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