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Os limites da coincidência

sábado, 13 de fevereiro de 2010 by Leila Franca


Eu e meu pai gostávamos muito de ficar sentados na varanda conversando. Uma vez ele me disse que se tivesse de escrever um livro, este haveria de se chamar "Os Limites da Coincidência" porque as coincidências sempre lhe chamaram a atenção e ele conhecia casos muito interessantes.

Durante a vida, eu mesma fui reunindo meus próprios casos onde incríveis coincidências aconteceram. Uma delas se deu por causa do meu sobrenome. O meu sobrenome sempre gerou erros quanto à grafia. É Franca com "C", como a palavra que significa sincera, que diz a verdade. Não é com cedilha, como França, o país, cuja capital é Paris.

Clipboard with pen and form

Mas não tem jeito. Em qualquer lugar, colocam uma cedilha no meu sobrenome. Até na certidão de nascimento do meu filho colocaram França e não Franca. Isso sempre causa uma demora no processamento de documentos, pedidos de segunda via etc. Na escola, colégio e faculdade sempre me chamavam de Leila França, com a cedilha. E lá ia eu explicar tudo de novo.

Certa vez, cansada de ver a grafia do meu nome errada, fui na secretaria da faculdade pedir a correção (senão até meu diploma ia ter meu nome errado!). Mas estavam demorando pra atender. Era hora de almoço... Fiquei esperando sentada perto de um rapaz, que também esperava para ser atendido. Depois de alguns minutos, começamos a conversar.

University students in library

Foi então que o rapaz me disse o que estava fazendo ali: seu sobrenome era França, com cedilha, e não havia jeito de colocarem a cedilha em seu nome, só o chamavam de Franca! E ele estava lá para pedir a correção!!!


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Alguns animais parecem até gente...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 by Leila Franca


Todo mundo já reparou isso... Alguns animais parecem gente. É o olhar, os trejeitos, mas igual a este cachorro que encontrei, nunca vi!


Vídeo: eutubesc

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Urucubaca não me atinge!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010 by Leila Franca


Essa semana, meu filho foi pra faculdade dirigindo meu carro, mas uma meia hora depois que ele saiu o telefone tocou: "Mãe, a embreagem do carro está fazendo um barulhão e agora nenhuma marcha entra!". Lá fui eu procurar telefone de reboque e telefonar pra oficina pra avisar que o carro ia chegar lá.

Man pressing car pedal, close-up, low section

Curiosamente, meu filho me contou que enquanto esperava o reboque, o pneu dianteiro do carro foi esvaziando, até que arriou totalmente! Furou o pneu com um prego na mesma hora que a embreagem escangalhou??? Lá se foram 80 reais de reboque e 781 reais de oficina! Que começo de semana!

Mas não parou aí. No dia seguinte fui numa lojinha comprar ração para os gatos. É uma ruazinha apertada, que os motoristas insistem em estacionar em ambos os lados, de modo que só passa um na rua de mão dupla. Quando vêm dois carros de lados opostos, um deles tem que dar marcha ré para o outro passar... Por isso, quando vi que não vinha ninguém saí correndo, já vendo uma vaga bem na frente da loja que eu queria ir!

Mas um quebra mola me fez reduzir e eu já estava colocando o carro na vaga, quando vi que vinha em minha direção, uma pobre mulher empurrando uma carroça e pelo retrovisor, vi que vinha um caminhão! Não ia caber! Por isso encostei bem o carro junto ao meio fio, mas 2 segundos antes de desligar, a ponta de um paralelepípedo torto rasgou meu pneu!

Auto repair shop supplies

Não havia espaço para trocar o pneu naquela vaga... Fui com o pneu furado mesmo devagarzinho até uma oficina quase em frente. Pisca-alerta ligado, uma fila atrás de mim... um calor insuportável. 10 reais de gorjeta e o mecânico trocou meu pneu. Lá fui eu pro borracheiro... Tem que comprar pneu novo! Com 180 reais sacado do banco 24 horas, saí eu feliz com pneu novo, embreagem nova, tudo ok!

Hoje fui ao banco. Puxei extrato e descobri que o banco errou e debitou os 180 reais do pneu duas vezes! "Você tem que telefonar pra ouvidoria", me disseram no banco. Anotei o telefone 0800 pra ligar quando chegasse em casa.

Saí do banco e dei um suspiro. Quer saber? Está um dia lindo! Entrei numa confeitaria, fiz um lanche gostoso, depois entrei numa loja e comprei um chapéu de praia, de palhinha marrom com um lenço de gaze estampada, que arrematava a parte de trás com um laço! Adoro chapéus!

Woman smiling on beach, close-up

Urucubaca não me atinge.

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Lembrando os velhos tempos...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010 by Leila Franca


Ontem fui falar de piscina e acabei lembrando de como a piscina daqui de casa foi construída... Tínhamos apenas o espaço para construir e a vontade. Assim, enquanto nosso vizinho mandou vir uma máquina escavadeira, que fez um buraco, onde uma piscina de fibra foi encaixada e em dois dias eles já tinham piscina, nós levamos 1 ano cavando a nossa. Cada dia um pouquinho.

Meu pai mesmo cavou o buraco de 7 por 11 metros. Ele acordava às 5h30 da manhã e a cada dia cavava um pouco antes de ir para o trabalho. Quanto à profundidade, era exigência da minha mãe que seu nariz ficasse de fora, se ela ficasse de pé no lugar mais fundo. Por isso a piscina ficou com 1,50m de profundidade. Mas piscina residencial não precisa ser funda.

Mas nós tínhamos um problema. Bem junto do lugar onde a piscina iria ficar tinha um morro, que ultrapassava a altura da casa. Era óbvio que quando chovesse toda terra e barro poderia descer e cair na água. Mas no alto do morro havia uma mangueira, que minha mãe queria. Então um dia eu e minha irmã, vestidas apenas com biquinis, derrubamos o morro, deixando só a mangueira lá em cima! Meu pai cavou um buraco embaixo e a mangueira foi puxada com cordas, caindo dentro do buraco, onde continuou a viver.

Abaixo, minha irmã Sheila, morena, que derrubou o morro comigo, minha mãe no meio e meu filho Gabriel, louríssimo, na piscina recém-construída. Aqui em casa metade da família é loura e metade é morena...



Nesta foto minha mãe com a minha irmã mais nova Lúcia, eu e meus dois filhos. Eu tinha que ficar o dia inteiro na piscina tomando conta deles. Nessa época eu já trabalhava por conta própria e podia ficar com eles o tempo todo.


Aqui meus 3 filhos já crescidos. A mangueira acabou pegando uma doença e teve de ser cortada. No lugar dela plantou-se um cajueiro, cujos cajus caem na piscina durante o verão. Nessa época eu ainda levava uns sustos com os garotos, pois eles gostavam de pular do telhado na piscina. Eu ficava no meu quarto trabalhando e de repente via garoto voando do telhado e caindo na água. Tive que botar um cadeado enorme na porta, para que eles não fizessem mais isso.



Bons tempos. Agora o meu filho mais novo está com 23 anos, terminando a faculdade. Os outros dois já se mudaram. Meu pai morreu, mas a piscina que ele cavou continua refrescando a gente no verão.

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Atenção internautas! Cuidado pra não enferrujar!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 by Leila Franca


Ontem eu estava navegando pela internet até que parei num site que mostrava alguns integrantes do Cirque du Soleil. Uma acrobata estava numa posição que, quando vi, pensei: "Que engraçado! Eu costumava ficar nessa posição abessa!" A posição é simples (não é contorcionismo!): com a mão esquerda você segura o braço direito, um pouco acima do cotovelo, mas pelas costas. Ou então ao contrário, com a mão direita você segura o braço esquerdo. Tente! Conseguiu? Sim ou não?

Com essa história da gente ficar no computador o tempo todo, podemos estar enferrujando! E com esse calor, nem sempre apetece sair pra caminhar, pedalar - qualquer coisa! com um sol de 40 graus na cabeça. Com este verão, acho que a melhor pedida seja se exercitar dentro d'água! Na praia ou na piscina, a gente sempre arranja uma água pra amenizar o calor.

Women in Swimming Pool

Então vamos lá! Hoje minha irmã, que é professora de educação física, me ensinou 3 exercícios bem simples pra se fazer dentro d'água, com o corpo submerso, embora o simples ato de andar ou correr dentro d'água já seja em si um ótimo exercício, melhor até que nadar.

Daughter Jumping in Swimming Pool

No primeiro exercício, a gente corre na água tentando levantar os joelhos ao máximo, como se estivéssemos querendo encostar o joelhos na barriga.

No segundo exercício, corremos também, mas dessa vez tentando ir com os calcanhares bem para trás, como se estivéssemos querendo encostá-los na parte de trás das pernas.

O terceiro exercício é um pouco mais puxado, mas simples também. Parece aqueles exercícios de aquecimento de jogadores de futebol: correndo de lado. Mas, não esqueça, é tudo dentro d'água!

Só não vale levar o computador pra piscina!

Summer Girl

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Prazer de Viver

domingo, 7 de fevereiro de 2010 by Leila Franca


Tomei coragem e desliguei o computador por dois dias. O trabalho que eu tinha de fazer não precisava ser feito na telinha. Uma folha de papel e uma caneta iriam me servir.

Close up of hand with pen

Acordei cedo e vi a natureza de todas as cores. Está muito calor no Rio de Janeiro. As árvores parecem mais verdes e o céu mais azul. Tudo adquire uma cor intensa.

Mexi nas plantas, recolhi folhas secas, nadei na piscina, vi um beija-flor. Brinquei com os meus bichos, saí para fazer compras, olhei as vitrines e senti a brisa do mar.

Female ruby-throated hummingbird (Archilochus colubris), Eastern USA

Comi uma sobremesa gostosa, acendi um incenso perfumado, telefonei para amigos que há muito não vejo. Vi o pôr-do-sol, assisti um bom filme e fui dormir cedo.

Ainda há tempo de ter uma vida normal.

Sunset over the Cascades from Crater Lake - Crater Lake National Park, Oregon


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Às vezes acontece...

by Leila Franca


Começa com uma conversa, onde uma ou ambas as partes se empolga e a coisa vai esquentando até que se torna um discurso, uma discussão acalorada e qualquer que seja o objeto que por acaso estava em sua mão se torna uma parte ativa e cômica da cena...

Uma vez a campainha lá de casa tocou bem na hora que eu e o marido estávamos na cozinha preparando o almoço. Ele foi atender a porta, mas distraidamente levou consigo um ovo cozido que iria descascar para colocar na salada. Na porta, dois religiosos começaram uma ladainha tentando convencê-lo a se converter naquela religião.

Person holding an egg

O marido começou a discussão acerca de igrejas e crenças enquanto eu me divertia de longe vendo que ele quase encostava aquele ovo cozido no nariz dos religiosos, que tentavam se esquivar. Ele nem reparou que o tempo todo gesticulou com aquele ovo na mão!

De outra vez eu estava trabalhando numa cantina que servia um sanduíche cortado ao meio. Para segurar as duas bandas do pão, se espetava um palitinho com um enfeite na ponta. Logicamente, antes de comer, a pessoa teria que retirar o palito! Entretanto, um cliente esqueceu de fazer este gesto tão simples e o que aconteceu foi um episódio tragicômico.

Man with Toothache

O rapaz se levantou de uma das mesas e, fazendo uma careta, disse que queria falar com o gerente. Mas era com a gerente mesmo que ele estava falando. Então, muito alterado, ele começou dizendo que havia mordido o palito do sanduíche e tinha quebrado o dente! Para completar a reclamação, mostrou a todos um enorme dente molar! Algumas pessoas se levantaram pra ver...

Man with Toothache

A gerente deu um passo pra trás assim que viu o dente na mão do homem. "Não é possível que este palito tenha quebrado o seu dente!", duvidou ela. O rapaz ficou indignado e se virou para falar com os outros clientes (a partir deste momento ele já havia esquecido que estava com o dente na mão). "Muito cuidado com estes palitos!" - ele avisou esticando o braço. Todos evitaram a aproximação do dente e uma clareira se abriu no meio do salão. Depois, virou-se para a gerente e continuou: "Quem é que vai pagar a conta do dentista?"

A discussão se prolongou por mais uns 10 minutos, pois a falta do dente havia despertado o orador que vivia no rapaz. Durante todo o tempo ele gesticulou sem largar o dente em nenhum momento. E no final todos já estavam prendendo o riso pelos cantos.

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