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Uma historinha de trem

sábado, 27 de fevereiro de 2010 by Leila Franca


Lendo ontem a história da viagem de trem do Fernandez, lembrei do tempo que fui morar numa cidade chamada Hyde Park. Logo nos primeiros dias, pensei que morasse perto de algum aeroporto por causa do barulho de avião que ouvia de quando em quando. Depois descobri, surpresa, que não havia nenhum aeroporto no local e o barulho de "avião" que eu tanto ouvia era na verdade o ruído que o trem Acela fazia ao passar.

Amtrak Adds Another Train Between Boston & NYC

Aquele trem fazia o trajeto Boston-New York e era capaz de alcançar a velocidade de 240 km/h. Mas na minha imaginação, o trem, que não fazia paradas, devia passar em algum trilho exclusivo, em algum local de difícil acesso. Mas não era bem assim...

Um dia, de manhã cedo, eu e um amigo indo, morrendo de sono, para o trabalho, ninguém na rua, o maior silêncio, nos sentamos na estaçãozinha singela de Hyde Park para esperar o trem. Eram 2 pares de bancos sob um telhadinho. Só havia nós dois tiritando de frio ali, a 1 metro e meio dos trilhos.

Daqui a pouco, não deu tempo nem de sair de perto, o mundo inteiro tremeu! Acho que até a minha alma tremeu! Com um barulho ensurrecedor, o trem Acela passou, a toda velocidade, por aqueles trilhos tão perto de nós, que poucos minutos antes pareciam tão inofensivos!

Holiday Travelers at Washington's Union Station

Durante a passagem, que não demorou muito, a minha reação e a do meu amigo, foi de olhar um pra cara do outro, com os olhos arregalados e gritar Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhh!!!!!!! Era como estar sentado numa pista do aeroporto durante a passagem de um avião.

Jamais pensei que um trem daqueles, com uma velocidade daquelas, pudesse passar tão perto de onde as pessoas estivessem sentadas. E a partir daquele dia, eu ficava "de pé atrás" a cada vez que ia para a estação de Hyde Park.

9 comentários:

  1. J.R. Fernandez
    27 de fevereiro de 2010 às 12:30

    Adorei a história... :-) rsrsrsrsrsr
    Realmente estes trens de alta velocidade fazem um estouro. Ainda mais se fica perto... (risos)... Estou imaginando até agora a cara de susto de vocês. :-) rsrs
    Fiquei super contente que meu post inspirou a amiga. :-)
    Adorei o post!
    Beijo grande, Fernandez.


  1. 27 de fevereiro de 2010 às 12:49

    Leila
    Nunca estive por perto de um desses trens,não fazia ideia que fizessem tanto barulho.
    Aqui onde eu moro ,Cascais,ha um trem que liga esta cidade a Lisboa ,e eu acho que já faz um barulho irritante,quanto mais esses...
    Gostei do seu relato.
    beijnhos
    joana

  1. concentrado
    27 de fevereiro de 2010 às 13:06

    Leila eu que não ficaria perto da li.

  1. Valéria Braz
    27 de fevereiro de 2010 às 17:11

    Nossa... fiquei imaginando a cena de vocês sentados e derrepente o mundo tremendo....kkkkkk que adrenalina!
    Beijo no coração

  1. José Guimarães
    27 de fevereiro de 2010 às 17:22

    Deve ser emocionante estar num lugar assim e sentir esse tremor do progresso.

    Legal viver uma aventura assim.

  1. Consultor Previdenciário
    27 de fevereiro de 2010 às 17:40

    Muito boa a história, realmente deve dar um grande susto um trem passando a toda velocidade bem próximo da gente.

  1. Lilian
    27 de fevereiro de 2010 às 18:48

    Olá querida amiga Leila,

    Parabéns pelo post.
    Sabe, Leila, fico a imaginar como deve ter sido interessante, alegre e movientada sua vivência nesses lugares que já morou e que retrata com tanta leveza nas narrativas que faz.
    Amei essa crônica do trem.
    Beijos, querida e fique com a paz do Senhor.
    Carinhoso e fraterno abraço,
    Lilian

  1. BiscuitVeraMiniaturas
    28 de fevereiro de 2010 às 00:34

    Olá Leila!
    Aqui perto passa também um trem...de carga...lento e brejeiro, que apita pra avisar que está passaaannddoo...
    Nossa! que diferença, não é mesmo?!
    Abraço, Vera.

  1. Anônimo
    28 de fevereiro de 2010 às 08:32

    Olá Leila,

    Esta história merece um cartoon! ahahahha
    Já estou a imaginar, duas pessoas sentadas num banco centenário, quando passa qualquer coisa a uma velocidade estonteante, nem percebem o quê!!

    Beijos
    Luísa

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