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Quem é a sua Princesa Interior?

sábado, 25 de julho de 2009 by Leila Franca

Quando eu era criança, meu pai me chamava de "Princesa". Creio que isso aconteça com todas as garotinhas. Enquanto crianças, somos todas "Princesinhas", mas depois que crescemos de alguma forma esse título desaparece! Como assim? Em que ponto do caminho nós o perdemos? Por que o perdemos? Será que aquela princesinha, que nós fomos um dia, desapareceu completamente ou será que ainda está lá, escondida, no nosso interior?


Não preciso fechar os olhos para lembrar de como eu me sentia enquanto fui "Princesa". A melhor parte era ter meus desejos atendidos quase que imediatamente. Mas não era só isso. Ainda posso sentir o prazer de ver o vestido novo sobre a cama, os sapatinhos novos, as meias com bordado. E tinha mais: eram as balas e doces mais gostosos, a boneca mais linda, os enfeites de cabelo, as bolsinhas, perfumes e maquiagem infantil! Sem esquecer daquela jóia delicada: anelzinho, brinquinho, pulseirinha... Todas nós, mulheres, temos uma história assim pra contar. Das mais ricas às mais pobres, não importa, todas nós fomos princesas um dia.

E então quando crescemos e nos misturamos à multidão de adultos, ganhamos um número de identidade, mergulhamos no anonimato da cidade, das roupas quase iguais de trabalho é que a nossa princesa, assustada, se esconde.

Antigamente as princesas duravam mais tempo. As meninas (nossas mães, avós ou bisavós) eram educadas para encontrar um príncipe encantado e casar! Depois passaram a ser professoras, enfermeiras e outras profissões, mas a tarefa de encontrar um príncipe continuava no topo da lista de prioridades! Hoje em dia a figura de um príncipe já não tem tanta importância. Muitas vezes não tem importância nenhuma.

Entretanto, apesar de tudo isso, nossa princesa continua no nosso interior. É ela que nos faz às vezes comprar mais sapatos do que precisamos, experimentar um óculos escuros ou um chapéu sem a intenção de comprar, passar a mão em vestidos que não pretendemos vestir, olhar a vitrine reluzente da joalheria famosa. Nossa princesa nos implora para usar o cartão de crédito ou débito para comprar um sem número de coisas que não precisamos. É a almofada bordada que não temos onde colocar, o doce fino que não podemos comer para não engordar, a bijuteria cara, o vestidinho do cachorro, o chaveiro com ursinho de pelúcia. Mas não é só isso, não são apenas compras.

Cada princesa é diferente. Uma pode ser mais sofisticada outra pode ser mais sexy, pode ser como uma heroína ou intelectual. Cada mulher sabe como sua princesa é. Se você deixar sua princesa fazer o que quiser, o que ela fará? Comprará todas as lingeries sexy de todas as cores de uma loja cara? Ou todos os livros de uma livraria famosa? Iria à Paris de primeira classe ou de mochila à Matchu Pitchu?

Se fosse um personagem, com quem sua princesa se pareceria? Ela seria como a "Kate"(Evangeline Lilly) do seriado Lost? Ou como a Scarlet O'Hara do filme "E o Vento Levou..."? Como a Lady Gaga? Seria como algum personagem da Angelina Jolie, da Judie Foster ou de Cameron Diaz? Talvez fosse como um personagem de um livro, de uma história em quadrinhos. A minha princesa é muito como Sara Connor na interpretação de Linda Hamilton no filme "Exterminador do Futuro" -- já identifiquei. Se deixar, compro todas as camisetas básicas, calças com bolsos, botas com fivelas (só não compraria armas), assim como móveis de madeira, coisas rústicas e artesanais. A minha princesa é corajosa, cheia de força e determinação.

É interessante identificar nossa princesa, descobrí-la, trazê-la à tona, deixá-la reinar de vez em quando, resgatá-la. É uma maneira de nos conhecermos melhor.



2 comentários:

  1. Mara Sop
    26 de julho de 2009 às 20:12

    A minha princesa virou rainha, rs... Teve que aprender a lidar com responsabilidades para governas um reino, e as vezes tomar decisões dificeis que não agradariam todos os suditos, mas que seriam as melhores para seu povo a longo prazo... Mas o bom é que encontrou seu principe encantado, que a trata como se aidna fosse uma princesa, e a ajuda a ser rainha!

    ;)

  1. Leila
    26 de julho de 2009 às 20:46

    Com certeza, muitas vezes deixamos de ser princesa para os pais, mas continuamos sendo para o marido. Mas não é sempre, aliás é raro que isso aconteça hoje em dia. Independente deles, sejam os pais ou o marido, é sempre bom de vez em quando ter uma conversa com a nossa princesa à sós.

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