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É sempre bom ter algum dinheiro em casa, mas muitas vezes, pelas mais diversas razões, precisamos escondê-lo. Esconder dinheiro é algo que atiça a imaginação e a criatividade. Às vezes o dinheiro nem é muito. O valor do dinheiro varia conforme a quantidade que você tem. Se uma nota de 10 reais é sua única fortuna, então ela é valiosíssima pra você.
Um cofre, mesmo que seja daquele que imita uma tomada, embutido na parede, é muito óbvio. Guardar dinheiro debaixo do colchão, dentro de um livro, atrás de um quadro na parede ou debaixo das roupas numa gaveta também.
Antigamente, quando saíam, as mulheres escondiam dinheiro no sutiã, mas agora ficou difícil. Com essas blusinhas de malha coladas no corpo, dá pra ver o dinheiro a um quilômetro de distância. Esse esconderijo só dá certo com blusa larga de tecido grosso. E quem usa blusa larga de tecido grosso neste caloréu?
Toda vez que vou à praia começa a velha história: onde guardar o dinheiro que irei levar pra não ser roubada? Os homens ainda podem ter um bolsinho falso no calção ou bermuda, mas mulher não pode. O tamanho dos biquinis não permite. Geralmente deixo minha bolsinha com dinheiro escondida debaixo da toalha e a bolsa, sem nada dentro, à mostra.
Uma vez, voltando do trabalho, na confusão de subir num ônibus lotado, um ladrão roubou uma bolsinha que estava dentro da minha bolsa pensando que ali tivesse dinheiro. Mas meu dinheiro estava escondido na capa da minha agenda e a bolsinha que o ladrão levou tinha apenas um absorvente higiênico!
Esse negócio de esconder dinheiro realmente é um problema. Certa vez, depois de descontar um cheque no banco, entrei rapidamente na lanchonete ao lado e guardei o dinheiro dentro do meu sapato. Na sola. Fiquei o dia inteiro pisando no dinheiro e o resto da semana mancando!
Existem aqueles esconderijos predestinados a dar errado. Por exemplo: esconder dinheiro no bolso de uma roupa velha. E se alguém doar a roupa com o dinheiro dentro? Ou então esconder sua fortuna dentro do computador: você acha que o ladrão não vai levar o computador também?
A gente ouve tanto falar em tesouros enterrados, mas hoje em dia quase ninguém mais pensa em enterrar dinheiro. Entretanto ainda há quem pense.
Conheço a história de um rapaz humilde que finalmente recebeu o salário que estava atrasado. Ele decidiu que gastaria uma parte em diversão e o resto iria guardar. E assim, lá foi ele para um bar onde bebeu todas, paquerou as mulheres e se divertiu a noite toda.
Na volta para casa, começou a pensar que a família inteira iria lhe pedir dinheiro quando soubessem que ele havia recebido os atrasados. Ia ser os irmãos, a mãe e até os cunhados desempregados. Foi então que ele decidiu que não levaria o dinheiro para casa. Iria enterrá-lo no caminho. Cavou um buraco na subida do morro, onde há uma escadaria que precisa subir para chegar em casa e enterrou o dinheiro a 1 palmo de profundidade.
No dia seguinte, acordou de ressaca. Mal lembrava do que acontecera na véspera. Tinha bebido muito! Foi então que lembrou do dinheiro enterrado: "É mesmo! Enterrei o dinheiro!" E assim, resolveu dar uma espiada no esconderijo e até aproveitar para pegar mais um trocado.
"Já vai sair?", perguntou a mãe. "Vou até a esquina só, volto logo", mentiu ele e saiu rápido. Chegou no alto da escadaria e tentou lembrar onde havia enterrado o dinheiro. Viu a terra remexida logo no lance mais baixo da escada. Cavou ali, mas não achou nada. Mais pra frente tinha mais uma terra fofa. Cavou de novo e nada. Não sabia mais onde o dinheiro estava! "Será que alguém me viu enterrando a grana???" O rapaz foi em casa correndo, pegou a peixeira do pai e chegou no alto do morro de novo parecendo um ninja.
Os vizinhos pensam que ele ficou doido. Todo dia lá está ele espetando a terra com a faca.
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- Leila Franca
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Escritora freelance, arquiteta, escultora, pintora,miniaturista, professora... a cada dia descubro mais sobre mim.
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