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Dinheiro escondido

domingo, 27 de dezembro de 2009 by Leila Franca


É sempre bom ter algum dinheiro em casa, mas muitas vezes, pelas mais diversas razões, precisamos escondê-lo. Esconder dinheiro é algo que atiça a imaginação e a criatividade. Às vezes o dinheiro nem é muito. O valor do dinheiro varia conforme a quantidade que você tem. Se uma nota de 10 reais é sua única fortuna, então ela é valiosíssima pra você.

Um cofre, mesmo que seja daquele que imita uma tomada, embutido na parede, é muito óbvio. Guardar dinheiro debaixo do colchão, dentro de um livro, atrás de um quadro na parede ou debaixo das roupas numa gaveta também.

Young woman hiding money under mattress

Antigamente, quando saíam, as mulheres escondiam dinheiro no sutiã, mas agora ficou difícil. Com essas blusinhas de malha coladas no corpo, dá pra ver o dinheiro a um quilômetro de distância. Esse esconderijo só dá certo com blusa larga de tecido grosso. E quem usa blusa larga de tecido grosso neste caloréu?

Woman Placing Money into Bra

Toda vez que vou à praia começa a velha história: onde guardar o dinheiro que irei levar pra não ser roubada? Os homens ainda podem ter um bolsinho falso no calção ou bermuda, mas mulher não pode. O tamanho dos biquinis não permite. Geralmente deixo minha bolsinha com dinheiro escondida debaixo da toalha e a bolsa, sem nada dentro, à mostra.

Summer Girl

Uma vez, voltando do trabalho, na confusão de subir num ônibus lotado, um ladrão roubou uma bolsinha que estava dentro da minha bolsa pensando que ali tivesse dinheiro. Mas meu dinheiro estava escondido na capa da minha agenda e a bolsinha que o ladrão levou tinha apenas um absorvente higiênico!

Esse negócio de esconder dinheiro realmente é um problema. Certa vez, depois de descontar um cheque no banco, entrei rapidamente na lanchonete ao lado e guardei o dinheiro dentro do meu sapato. Na sola. Fiquei o dia inteiro pisando no dinheiro e o resto da semana mancando!

Close-up of Indian banknotes of different denominations in a boot

Existem aqueles esconderijos predestinados a dar errado. Por exemplo: esconder dinheiro no bolso de uma roupa velha. E se alguém doar a roupa com o dinheiro dentro? Ou então esconder sua fortuna dentro do computador: você acha que o ladrão não vai levar o computador também?

A gente ouve tanto falar em tesouros enterrados, mas hoje em dia quase ninguém mais pensa em enterrar dinheiro. Entretanto ainda há quem pense.

Antique chest

Conheço a história de um rapaz humilde que finalmente recebeu o salário que estava atrasado. Ele decidiu que gastaria uma parte em diversão e o resto iria guardar. E assim, lá foi ele para um bar onde bebeu todas, paquerou as mulheres e se divertiu a noite toda.

Na volta para casa, começou a pensar que a família inteira iria lhe pedir dinheiro quando soubessem que ele havia recebido os atrasados. Ia ser os irmãos, a mãe e até os cunhados desempregados. Foi então que ele decidiu que não levaria o dinheiro para casa. Iria enterrá-lo no caminho. Cavou um buraco na subida do morro, onde há uma escadaria que precisa subir para chegar em casa e enterrou o dinheiro a 1 palmo de profundidade.

Euro banknotes in sand

No dia seguinte, acordou de ressaca. Mal lembrava do que acontecera na véspera. Tinha bebido muito! Foi então que lembrou do dinheiro enterrado: "É mesmo! Enterrei o dinheiro!" E assim, resolveu dar uma espiada no esconderijo e até aproveitar para pegar mais um trocado.

"Já vai sair?", perguntou a mãe. "Vou até a esquina só, volto logo", mentiu ele e saiu rápido. Chegou no alto da escadaria e tentou lembrar onde havia enterrado o dinheiro. Viu a terra remexida logo no lance mais baixo da escada. Cavou ali, mas não achou nada. Mais pra frente tinha mais uma terra fofa. Cavou de novo e nada. Não sabia mais onde o dinheiro estava! "Será que alguém me viu enterrando a grana???" O rapaz foi em casa correndo, pegou a peixeira do pai e chegou no alto do morro de novo parecendo um ninja.

Vinyl Ready Art - Wrestling and Martial Arts

Os vizinhos pensam que ele ficou doido. Todo dia lá está ele espetando a terra com a faca.


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Quando o ladrão se dá mal

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009 by Leila Franca


Uma amiga me contou que no dia de sua mudança, de uma casa para outra, um fato inusitado aconteceu. Sua família havia passado o dia inteiro desmontando móveis, empilhando caixas e enchendo um caminhão. A noite chegou e ainda não haviam terminado, mas já estavam cansados demais para continuar. Faltava levar pouca coisa: várias gavetas vazias, que ficaram empilhadas num dos quartos, o estrado de uma cama, o esqueleto de um armário, caixas com livros didáticos e aqueles cacarecos que niguém sabe onde guardar e que sempre sobram no final de uma mudança.

Moving Boxes in a Living Room

A família resolveu dormir no chão de um dos quartos, com alguma roupa de cama que haviam reservado para forrar o assoalho e continuar a mudança no dia seguinte. Entretanto, com o movimento da mudança, as duas garotas, filhas do casal, não conseguiram dormir logo. Ficaram acordadas até tarde conversando. Uma delas, ainda estava tentando dormir, quando ouviu um barulhinho vindo da cozinha. Com o ouvido tão perto do chão, ela ouviu os passos no piso de madeira. Ficou quieta.

Aquelas pisadas, que ora se afastavam ora se aproximavam, entrou no quarto onde a família quase toda dormia. E foi assim, pela claridade da luz da rua, que entrava pela janela sem cortinas, que a garota viu os pés e parte das pernas do ladrão, que deu meia volta no quarto e saiu.

Briefcase and Legs

No dia seguinte ninguém parou de comentar. Um ladrão havia sim entrado na casa, por uma janela esquecida aberta, mas não deve ter entendido nada do que viu. Possivelmente pensou: que casa estranha! Pilhas de gavetas sem nada dentro, cozinha sem fogão, sem geladeira, quartos sem camas e uma família inteira dormindo no chão da casa bacana. Não roubou nada, pois não havia o que roubar e saiu da mesma forma com que entrou!

Algo parecido aconteceu na minha casa. Minha irmã havia chegado tarde de uma festa e ainda não estava dormindo quando viu duas mãos chapadas no vidro da janela de seu quarto. Sem fazer barulho, ela saiu da cama e foi engatinhando pelo corredor comprido até o quarto dos meus pais. Acordou meu pai e ele foi até o quintal, sem fazer barulho, levando consigo as bombinhas em forma de palito de fósforo que guardava para este tipo de ocasião.

Waking up early

No quintal, meu pai viu o ladrão escondido atrás de um barco que havia comprado para reformar. No chão, estavam os remos. Meu pai se aproximou do ladrão por trás, sem ser visto, e com um dos remos, deu uma "palmada" no indivíduo, que tomou o maior susto e saiu correndo. Meu pai soltou umas duas bombinhas cujo ruído se parece com tiros de arma de fogo, para garantir. No dia seguinte, descobrimos que, na fuga, o ladrão deixou cair seus documentos e pôde ser identificado.

Mas isso tudo foi num tempo que os ladrões não eram tão brabos quanto os atuais. Mas os de hoje também podem se dar mal. Não faz muito tempo que eu estava num ônibus atravessando a ponte Rio-Niterói. Lógico, nessa pista não temos nenhuma parada em seus quase 14 quilômetros e dos dois lados só há o mar. No último ponto, antes do ônibus começar a atravessar a ponte, um grupo de pivetinhos e pivetões entrou.

Mal começamos a cruzar a baía, os garotos anunciaram o assalto. O mais velho parecia ser ainda menor de idade, uns 16 ou 17 anos, e o mais novo devia ter uns 7 ou 8 anos. Em silêncio, os passageiros entregaram suas carteiras, relógios e objetos de valor, inclusive eu, enquanto o ônibus seguia o seu caminho. Todos os objetos roubados iam sendo guardados numa mochila, que o menorzinho deles carregava.

Backpack

O grupo de ladrões ficou alguns minutos na frente do ônibus, controlando os passageiros até que o veículo terminasse a travessia. Quando os pivetes saíram do ônibus, os passageiros suspiraram aliviados, mas foram logo interrompidos por um homem que estava sentado na primeira poltrona lá na frente, que começou a rir alto: o pivetinho havia esquecido a mochila no ônibus!

Além de cada um pegar de volta o que era seu, ainda haviam outros objetos possivelmente de outros roubos, que foram entregues ao motorista.

Abaixo, um vídeo de um ladrão que também se deu mal. É muito engraçado. Vale a pena ver.


Vídeo: lodelahiti

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Os ladrões e os dobermanns

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009 by Leila Franca


Era um dia de verão como o de hoje. Eu tinha dado um mergulho na piscina e ainda estava usando um biquini no meio da tarde. Não havia ninguém em casa a não ser por Nevaski - um dobermann gigante que se deitava aos meus pés enquanto eu estava sentada na minha mesa de trabalho.

De repente, ouvi um ruído familiar: "pim!!!" Era o barulho de alguma coisa batendo no cano de ferro que sustenta o balanço das crianças no quintal. Este barulho não se fazia sozinho, por si mesmo. Tinha que ser alguém!

Child'S Swing

A certeza da presença de alguém do lado de fora aconteceu quando Nevaski, de pronto, se sentou. Eu podia ouvir o som "Rrrrrrrr....Rrrrrrr..." do seu rosnado ameaçador. Não pensei duas vezes. Fui lá fora e Nevaski me acompanhou.

Fui direto no lugar de onde tinha vindo aquele som do balanço, segurando o dobermann pela coleira justa ao pescoço. Eu não tinha errado: quando cheguei no quintal dei de cara com dois homens de bermuda e sem camisa. Parei a uns 2 metros de distância e Nevaski assumiu sua posição de ataque.

"O que vocês estão fazendo aí?" - era a adrenalina fazendo a pergunta sem nexo. Os homens não tiravam os olhos do cachorro. Um deles respondeu: "Nada não". Eu continuei: "Saiam já daqui. Vão embora!" Eles fizeram que iam sair pelo portão de entrada. Eu estava no caminho e não permiti a passagem: "Saiam por onde vocês entraram!". (Foi maldade minha, pois o muro era muito alto. Fácil de descer e difícil de subir).

Doberman Pinscher

Nevaski ajudou: com uma careta medonha, exibiu todos os seus dentes para os ladrões, rosnando alto até que explodiu num latido de assustar o demônio! O dobermann me arrastou enquanto os homens se ralaram pulando a muralha!

Refeita do susto, fiquei pensando o que teria sido de mim se não fosse aquele cão.

Doberman pinscher barking, chained to fence (Digital Enhancement)

A mesma coisa teve um final diferente quando aconteceu na casa de um amigo. Ele tinha 6 dobermanns e vários gatos, que se davam muito bem com os cães. Assim, numa tarde em que os cachorros estavam no fundo do quintal e os gatos dormiam no muro da frente, um indivíduo olhou para casa e, vendo os gatos se espreguiçando, deve ter pensado: esta casa não tem cachorro. Sendo assim, ele entrou pelo portão da frente, que nunca ficava trancado.

A casa, encostada nos dois lados do terreno, não tinha passagens laterais. Então o homem olhou para o quintal da frente e conferiu o que ele havia pensado anteriormente: nem sombra de cachorro. Estava então à vontade para procurar coisas de valor.

O que o homem não sabia é que o meu amigo, arquiteto engenhoso, havia construído um "viaduto para cachorros" sobre a casa. Uma espécie de ponte, que dava aos cães acesso ao telhado, de onde eles podiam vir dos fundos para a frente do terreno, sem passar por dentro da casa. E este sujeito deve ter passado o inferno quando viu os 6 dobermanns vindo correndo em sua direção pelo telhado!

Group of Dobermans running against white background

A sorte foi que o meu amigo abriu a porta da sala e chegou junto ao homem antes dos dobermanns. Com um comando, os cães interromperam a investida. Enquanto os 6 dobermanns se esforçavam para obedecer o dono e os gatos se aborreciam com tanto barulho, meu amigo teve uma conversa com o invasor, que se justificou dizendo-se desempregado e desesperado.

Dias depois, meu amigo conseguiu um emprego para o sujeito.


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