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A história das minhas miniaturas de argila

quarta-feira, 24 de junho de 2009 by Leila Franca


Comecei a fazer miniaturas com argila há muitos anos atrás. Foi quase sem querer, foi por acaso.

Eu era adolescente e saí com um grupo de amigos da mesma idade para brincar de teatro. Tínhamos interpretado uma peça na escola e queríamos treinar expressões corporais ao ar livre.

O dia estava nublado, tinha chovido e as praias estavam vazias. Por isso, procuramos uma praia perto de onde morávamos, um lugar que hoje em dia jamais iríamos, por ser deserto e perigoso. Naquela época não havia perigo.

O terreno junto da praia havia recebido aterro. Quando a areia branquinha acabava, vinha um verdadeiro "degrau" de mais de 1 metro de altura, onde podíamos ver as camadas dos tipos diferentes de terra colocada ali por máquinas.

Num momento de descanso, sentei ali, junto ao "degrau" e comecei a observar as cores das camadas de solo. Uma delas parecia uma massa mole e clara, quase branca. Peguei um bocado com as mãos e vi que era bastante maleável. Imediatamente modelei um rosto, que até hoje guardo comigo.

Gostei tanto da massa, que levei um bocado para casa e depois ainda voltei lá naquela praia para pegar mais. Fiz mais algumas peças, mas acabei deixando de fazer. Tinha o colégio, os estudos, não dava tempo.

Os anos passaram. Eu entrei pra faculdade de Comunicação Social, para estudar jornalismo e comecei a trabalhar. Depois casei, tive um filho e logo já estava esperando outro. Parei de trabalhar fora neste período. Mas meu marido ficou sem emprego e eu, grávida, não tinha a menor chance de arranjar um emprego. Estávamos em apuros.

De repente, do nada, tive a idéia de pegar aquela massa velha e ressecada que eu ainda tinha
guardada e, em vez de fazer um rosto, que não é nada comercializável, fiz uns cachorrinhos estilizados, e meu marido saiu para tentar
vendê-los e assim ganharmos algum dinheiro.

Ele vendeu todas as miniaturas. Fiz mais, criei mais, coloquei novas cores e inventei novos personagens e ele vendia tudo. Estávamos em 1978 e aquilo era novidade. Passei 3 anos criando miniaturas e tudo o que eu fazia era vendido. Começamos a vender na feira de Petrópolis, na UFRJ, Festival de Inverno de Ouro Preto, depois fomos para a feira da Praça XV, Saquarema, Cabo Frio, Copacabana, Ipanema, etc. Foram vários lugares, sempre vendendo bem.


Mas a vida mudou outra vez. Eu e meu marido nos separamos e eu resolvi fazer outra faculdade. Parei de fazer as miniaturas. Estávamos em 1981 e dessa vez eu iria parar por muitos anos. Em 1986 quando estava me formando na faculdade de Arquitetura, um editor quis que eu escrevesse um livro sobre como fazer as miniaturas, mas eu não tive tempo de elaborar este livro, estando no último período da faculdade. Na verdade parei de fazer as miniaturas durante 20 anos.

No ano de 2001, eu estava em Boston, nos Estados Unidos tentando explicar para alguns americanos como eram as miniaturas que eu fazia, então me deram a idéia de fazer algumas para que eles vissem. Aí foi difícil porque não encontrava argila para vender...


Encontrei uma argila sintética na loja Pearl de material de desenho, fiz algumas miniaturas e levei para os americanos verem. Compraram tudo! Começaram a aparecer encomendas, me pediam para fazer as mais diferentes figuras.

Fui convidada a participar de uma exposição com outros artistas no Museu de Sommerville. Eu pensei que ninguém ia visitar a exposição, pois a temperatura estava abaixo de zero, a neve cobria a cidade e o vento gélido era de cortar o rosto, mas o museu ficou cheio!

Mas houve os ataques terroristas em 11 de setembro de 2001 e tudo mudou. As coisas perderam a graça, um medo horrível se apoderou de todos. Voltei para o Brasil em 2003 e guardei para sempre meu green card.


De volta ao Brasil, ainda impregnada pelo espírito americano de fazer qualquer coisa no que se refere a trabalho sem a menor inibição, usei um imóvel da minha família para exibir minhas miniaturas.

Coloquei as peças numa bancada e abri um grande portão de ferro para que todos que passassem na rua pudessem ver meus trabalhos. Para minha surpresa, o primeiro que parou ali foi o carro da polícia!

O imóvel estava fechado há muito tempo e ao ver o portão aberto pela primeira vez, os policiais da ronda possivelmente ficaram curiosos para saber o que havia naquele espaço. Eles viram meu trabalho e foram embora me pedindo para fazer uns policiais em miniatura sob encomenda! Eles acabaram se tornando meus amigos e eu fiz um grande número de policiais de argila para boa parte do batalhão.

Então eu fiquei ocupada e parei de novo com as miniaturas, só retornando uns 2 anos depois, quando me chamaram para participar de uma feira aqui mesmo no meu bairro, no Rio de Janeiro.

Eu me perguntava se aquelas minhas criações que datavam de 1978 ainda iriam vender em 2008, mas venderam bastante!

Meu pai costumava falar que eu transformo terra em dinheiro. Isso é um pouco verdade. A argila é terra, lama e eu preciso de apenas um pouquinho para transformá-la numa criaturinha simpática que é logo vendida. Os palitos de fósforo que aparecem nas fotos servem para mostrar o tamanho de cada figurinha.

Agora parei outra vez, mas todo material, assim como amostras e algumas miniaturas continuam guardados cuidadosamente, até que um novo momento me faça pegar um pouquinho de massa e fazer um novo personagem.

























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Pessoas difíceis

sábado, 20 de junho de 2009 by Leila Franca

Bully and smaller childO que fazer com as pessoas difíceis de lidar? Aquelas que nos fazem tomar cuidado quando precisamos falar com elas. As que não têm empatia alguma, que são incapazes de pensar nos outros, que não conseguem sentir qualquer sentimento.


São pessoas difíceis e fazem questão de continuar sendo difíceis. Parecem viver com um simples propósito: o de atormentar a vida dos demais. Desconhecem a política do ganha-ganha. Querem ganhar e melhor ainda se ao mesmo tempo puderem assistir os outros perdendo.

Pessoas difíceis sentem prazer em ser odiadas. Elas adoram isso. São capazes de qualquer coisa, das mais simples às mais complicadas, para fazer a gente ficar com raiva. Estão sempre tramando, armando alguma nova investida para transformar a vida dos outros num inferno. E fazem tanto isso, que com o tempo adquirem prática!

Frequentemente, pessoas difíceis nos colocam em situações do tipo "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". A vítima, ou melhor, o alvo, fica entre duas opções ruins e sai perdendo em ambas. Neste caso, a melhor atitude é pensar numa terceira opção. Fazer algo inesperado.

Não devemos tentar consertar, salvar, corrigir ou mudar uma pessoa difícil. Na maioria das vezes, somente uma ajuda especializada, de um psicólogo ou psiquiatra, poderá resolver um pouquinho a questão.

E se a tal pessoa difícil for alguém da família ou do trabalho, alguém cujo contato continuará acontecendo? Nesse caso, além de evitar ao máximo se dirigir a esta pessoa, deve-se também resistir às provocações que certamente ocorrerão, sem exibir reações de raiva ou indignação, que é o que elas realmente querem.

Não existe solução fácil para este problema. Existem maneiras de se esquivar de um ataque ou de abrandar uma situação. A melhor saída é não ter mais contato com esta pessoa difícil. Não falar, telefonar, trocar e-mails, mensagens e evitar encontrar esta pessoa. Contato zero é a melhor maneira de lidar com uma pessoa difícil.

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Isabela diz cada coisa...

quarta-feira, 17 de junho de 2009 by Leila Franca


A Isabela não é muito de comer comida. Ela só quer saber de docinhos e biscoitos. Quando chega a hora do almoço ou jantar, a gente só falta chorar pra fazer ela comer alguma coisa. Se a comida está quente, ela não quer comer porque está quente, se esperamos esfriar, ela não quer porque está fria. A verdade é que ela sempre arranja uma desculpa pra não comer.

Há pouco tempo atrás, Isabela foi a um churrasco. Chegando lá, o dono da casa perguntou:

“Isabela, quer uma carninha?” E a Isabela respondeu:

“Não, obrigada. Já comi ontem...”


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10 Dicas sobre a caixinha de areia dos gatos

quinta-feira, 11 de junho de 2009 by Leila Franca


O gato é um animal super limpo. Passa o dia limpando o corpo e arrumando seus pelos. Na hora de ir ao banheiro não é diferente. Alguns gatos são até capazes de ir ao banheiro e usar o vaso sanitário (eu já vi!!!), outros gostam de fazer suas necessidades sobre jornal ou papel picado, mas em geral, quando temos um gato devemos adquirir uma caixinha de areia para que ele use como banheiro. Reuni aqui algumas dicas sobre a caixinha de areia do seu gato.


1. A caixinha deve ser de plástico lavável e que não seja muito rasa para que a areia não saia facilmente. Na verdade, qualquer bacia plástica pode servir de caixinha de areia, mas existem vários tipos de caixinhas, das mais simples às mais sofisticadas. Algumas caixinhas têm cobertura, uma espécie de tampa, com uma portinha onde o gato pode entrar e fazer suas necessidades. Essa tampa evita que a areia caia no chão e evita o odor no ambiente. Eu prefiro as caixinhas comuns. No final, a tampa acaba sendo mais uma coisa pra se lavar!


2. A caixinha de areia pode ser comprada em pet shops e supermercados, mas você pode encontrar a mesma caixinha por um preço bem menor nas lojas de "1,99".


3. Quanto à areia, existem vários tipos no mercado. O ideal é experimentar vários tipos e escolher aquela que gostar mais. Eu tenho a minha preferida. Os gatos também se acostumam com um certo tipo de areia e podem não gostar de algum outro tipo. Então você faz a vontade do seu gato!!! Os meus gatos gostam mais da areia mais fina e rejeitam as que são mais grossas, com pedrinhas maiores. O segredo para economizar areia, facilitar a retirada da sujeira e evitar o mal cheiro no ambiente é misturar farinha de mandioca na areia. Podemos colocar 3 partes de areia na caixa e 1 parte de farinha e depois misturar para ficar homogêneo.

4. Compre também uma pá especial para retirar a sujeira da caixinha.

5. Logo que começa a andar, o gatinho bebê já é capaz de usar a caixinha de areia. Alguns mais espertos vão direto ao lugar onde está a caixinha para fazer suas necessidades. Mas em geral, no início, o gatinho vai procurar um cantinho pra fazer xixi e cocô. Devemos ficar atentos para descobrir onde será este cantinho que ele vai escolher. Então colocamos a caixinha de areia neste lugar! Sim! O gato é que vai escolher o lugar da caixa! Colocamos o gatinho na caixa e a maioria das vezes isto é o suficiente. Ele começará a cavar e pronto! Outras vezes o gatinho não entende a função da caixa e em vez de fazer xixi, ele vai se deitar e até dormir na caixa!!! Se isto acontecer, pegue em uma de suas perninhas e faça o movimento de cavar a areia. Os gatos nascem sabendo usar a areia para fazer as necessidades, você só estará despertando o que ele já sabe instintivamente.

6. Se o cantinho escolhido pelo gato para a localização da caixa não for conveniente, depois que ele estiver acostumado a usar a caixa, você vai tirando a caixa do lugar, cada dia um pouquinho, até que ela fique no local que você preferir. Mas cuidado pois alguns gatos insistem em fazer suas necessidades no cantinho que ele escolheu e se você mudar a caixa de lugar, mesmo que só alguns centímetros, eles continuarão fazendo as necessidades no cantinho escolhido, fora da caixa. Nesse caso, deve-se deixar a caixa onde estava por mais algum tempo.


7. O gato sempre cava um buraco na areia antes de fazer xixi ou cocô (para não sujar o traseirinho!) e depois cobre sua "obra de arte" com areia. A maioria deles se empolga na hora de cobrir o cocô e quer usar a areia TODA da caixa para fazer o morro mais alto possível!!! O que acontece é que muitas vezes a areia sai fora da caixa. Por isso, sempre coloco jornal embaixo da caixa, pois a maior parte da areia que cai da caixa fica no jornal. Pelo menos duas vezes por dia, eu levanto a caixa, pego o jornal cuidadosamente e coloco a areia de volta na caixa. Já ouvi falar que algumas pessoas colocam a caixinha de areia dentro de uma caixa de papelão grande para evitar que o gato espalhe a areia pelo chão. Isso pode funcionar para gatos adultos, mas para filhotes não daria certo.

8. Se você tem mais do que um gato, vai precisar de mais de uma caixa de areia em casa. É recomendável usar uma caixa por gato. Distribua as caixas em pontos estratégicos da casa. Parece que será mais trabalhoso e dispendioso, mas é o contrário disso. Tendo várias caixas, elas não ficarão muito sujas, será mais fácil de limpar e a areia vai durar mais.

9. Um detalhe importante é o seguinte: nunca coloque uma caixinha de areia próxima da comida do seu gato. O gato não vai usar a caixa se ela estiver perto da comida.

10. O gato não usará a caixa se ela estiver suja. Retirar a sujeira das caixas deve ser parte de sua rotina da manhã e da noite, no mínimo. Então já sabe: quando você acordar, além de lavar o rosto e escovar os dentes, tire a sujeira das caixas. Antes de dormir a mesma coisa. Uma vez por semana, ou assim que a areia começar a acabar ou ficar suja na caixa, jogue esse resto fora, lave a caixa, enxugue e coloque areia nova, farinha e misture. Aproveite para colocar uma folha nova de jornal sob a caixa.


Mas se apesar de tudo, se o seu gato insistir em fazer as necessidades fora da caixa? Pode ser que ele esteja com algum problema de saúde. Uma visita ao veterinário para tirar essa dúvida é o mais indicado. Também pode ser que ele esteja querendo chamar atenção por algum motivo. Alguns gatos não aceitam a presença de outros gatos ou cães, podem estar querendo "exclusividade", então podem protestar fazendo as necessidades fora da caixa. Outros, sem nenhum motivo, parecem preferir o piso liso, ou o quintal, em algumas ocasiões. Em tudo há exceção e não será diferente no que se refere ao uso da caixinha.

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David Carradine, saudades...

sábado, 6 de junho de 2009 by Leila Franca


One With The Flute

David Carradine era meu ídolo da adolescência devido à série “Kung Fu”, que passava na televisão na década de 70. Eu não perdia um episódio. Ele interpretava um monge Shaolin que atravessava o Velho Oeste americano. Em todo episódio havia uma demonstração da luta, como também cenas que mostravam sua infância, quando era chamado pelo apelido “Gafanhoto”. Eu adorava as cenas à luz de vela, os diálogos, a calma e a paz que o personagem transmitia. Todo episódio trazia uma mensagem filosófica, um significado, coisa que falta em muitos filmes de hoje.

David Carradine trabalhou em muitos outros filmes, que eu procurava assistir só para vê-lo atuar, mas “Kung Fu” sempre foi meu preferido. Passei a admirar não somente o ator, como também as artes marciais. “O Ovo da Serpente”, “Kill Bill” e mais de 100 outros filmes contaram com a participação de David Carradine. Além de ator, ele também gostava de pintar e esculpir, tocar guitarra e compor. 

Essa semana, no dia 4 de junho, ele foi encontrado morto num quarto de hotel, aos 72 anos. Morreu de forma inusitada e misteriosa. Espero que a polícia consiga descobrir como aconteceu. 

“Gafanhoto”, sua missão foi cumprida. Descanse em paz...


David Carradines Hollywood Star



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Voo 447: a gente não para de pensar

sexta-feira, 5 de junho de 2009 by Leila Franca


Silhouette of airplane in flight at sunset

O desaparecimento do voo 447 da Air France me deixou tão triste e impressionada, que desde que soube do acontecido não parei mais de pensar  nas pessoas que estavam naquele avião.Eu não tenho nenhum parente, amigo ou conhecido que estivesse lá, mas sinto como se tivesse. Na realidade, a única proximidade que tive com aquelas pessoas vem do fato de que moro no bairro onde há o aeroporto de onde este voo partiu. 

O mundo inteiro ficou chocado, traumatizado. Em todos os jornais, as manchetes se multiplicaram. Foram pesquisas, mapas, históricos, opinião de especialistas e milhares de cartas de leitores. Há dois dias atrás o avião da Air France era o segundo assunto mais comentado no Twitter. 

Realmente, é difícil imaginar como um avião enorme, com 60 metros de comprimento, transportando 228 pessoas e suas bagagens, tenha simplesmente desaparecido. E que tenha sido tão repentino ao ponto de não haver nenhuma comunicação por parte do piloto. 

Eu me recusei a acreditar. Na minha imaginação, o piloto teria conseguido realizar um pouso de emergência em algum lugar e logo todos seriam encontrados. Mas a medida que os dias foram passando, minha esperança foi diminuindo. Não imaginava mais um pouso forçado no meio da selva. Passei a visualizar pessoas vestidas em coletes salva-vidas fazendo sinal para os aviões. Afinal, ninguém sabe de que altura o avião caiu.  

Mas quando começaram a falar em destroços e procura de corpos fui parando de pensar na cena de resgate. Aí doeu. É provável que não saibamos nunca a dimensão do horror pelo qual aquelas pessoas passaram. As que tinham crianças consigo sofreram ainda mais. 

Essa noite vou rezar mais uma vez por estas pessoas que se foram de uma forma tão trágica e pelos seus familiares. Que encontrem conforto em seus corações.

 

 

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Meu hóspede

terça-feira, 2 de junho de 2009 by Leila Franca


No último fim de semana recebi um hóspede na minha casa: este lindo gatinho, que foi encontrado pelo meu filho em Vista Alegre, Rio de Janeiro. Ele foi abandonado sozinho. Quem teria coragem de abandonar esta coisinha linda, com uns 2 meses de vida, pequenininho e tão bem comportado? Meu filho foi viajar no sábado passado, deixou o gatinho aqui e veio buscar no domingo à noite.


O nome dele é Mingau. Vejam que gracinha, comportadinho, sentado no sofá.





Nenhum dos meus gatos estranhou o Mingau. Ele se deu bem com todo mundo! Brincou, jogou bolinha, comeu, correu e dormiu no sofá.










Olhem o tamanho dele, comparado com o meu pé!










Aqui em casa é grande, mas o gatinho Mingau soube direitinho encontrar a caixinha de areia! Não sujou a casa nenhuma vez!




















Ele é a coisinha mais linda!



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