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É claro que, para muita gente, ouvir a conversa alheia chega a ser uma fascinação. Ouvem atrás das portas, colam o ouvido nas paredes, prestam atenção numa linha cruzada ao telefone ou numa extensão.
Ás vezes a conversa nos soa monótona, mas existem as interessantes, as tristes, as irritantes e as engraçadas. Se você está lendo, interrompe a leitura, se está ouvindo música, abaixa o volume, ou seja, faz qualquer coisa para tentar acompanhar aquele que fala ao longe.
Acontece muito comigo do assunto em questão girar em torno de algo que conheço bem. Então a coisa se transforma num dilema, pois não sei se devo me calar ou me intrometer e participar da conversação. A maioria das vezes fico com esta última opção que, felizmente, quase sempre é bem vinda.
Com a internet e as redes sociais, ganhamos mais uma modalidade: além de ouvir, agora também podemos ler o que os outros estão conversando. Tudo ficou mais fácil pra quem gosta de observar o que está sendo dito.
Mas também existe o extremo oposto. As pessoas que não prestam atenção nem se estivermos conversando com elas! Não há nada mais irritante. Alguns até fingem que estão ouvindo e murmuram alguns grunhidos querendo dizer que estão acompanhando, mas não estão.
Está certo que existem tagarelas que é difícil prestar atenção no que dizem se o assunto se estende em monólogo por mais de 10 minutos. Já vi gente sem paciência largando o telefone, indo fazer outra coisa, voltando e do outro lado da linha o outro ainda continua falando.
Existem conversas que li ou ouvi que se tornaram até mesmo inesquecíveis. Uma vez, um rapaz contava uma história, que me chamou atenção e não pude mais esquecer. Foi mais ou menos o seguinte:
"Minha tia adora juntar pote de vidro de tudo que é jeito. De geléia, de maionese, de tudo. Ainda mais que ela vende cosméticos de uma marca famosa, que vem em cada potinho que ela não consegue jogar fora." (Nesse ponto, caro leitor, comecei a me identificar com a tia do rapaz, pois também adoro guardar potes!). Ele continuou:
"Aí teve um dia que ela tinha que ir no hospital fazer uns exames e - já viu, né? Nem comprou aqueles potes que vendem em farmácia. Ela pegou aqueles potinhos dos cosméticos que ela vende e botou lá o xixi e o cocô do exame de fezes e urina e foi pro hospital de manhã cedo."
"Pra não ficar carregando aqueles potes dentro da bolsa, que podia virar no caminho, ela, ainda por cima, usou uma bolsinha de papel dos cosméticos que ela vende, que é legalzinha. Chegando no hospital, entrou lá na fila e depois sentou numas cadeiras esperando a vez."
"Mas teve uma hora que a atendente chamou ela no balcão pra pegar a guia dos exames. Ela foi e deixou a bolsinha de papel com os potinhos na cadeira pra marcar lugar porque a sala estava enchendo de gente."
"Mas quando ela foi voltar pro lugar... Cadê a bolsinha de papel com os potinhos? Tinham roubado!!! O ladrão deve ter pensado que eram aqueles cremes caros e roubou!!! Imagina a cara do ladrão quando abriu os potes?! Pois é, cara! Roubaram o cocô da minha tia!!!"
Agora me digam: como é que eu não ia prestar atenção nessa conversa?
6 comentários:
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Unknown
30 de outubro de 2009 às 09:02kkkkkkkkkkkkkk adorei! Bem feito para o ladrão, que por esta não esperava.
Beijos, Re
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Principe Encantado
30 de outubro de 2009 às 10:56Amiga nunma destas kakaka quem não ligaria suas antenas para captar essa conversar, muito boa mesmo.
Abraços forte
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Claudinha
30 de outubro de 2009 às 18:58Ihihihi!
Bem feito para o ladrão!
Eu presto atenção e palpito! Rsrsrs! Eu gosto é de um bom papo! Se a pessoa tá falando bem do meu lado, parto do pressuposto que não está com medo que eu ouça! Rrsrsrsr!
Beijão!
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29 de outubro de 2009 às 23:23
Ah, muito hilária essa história do ladrão de cocô. Até eu iria prestar atenção nesta conversa.
Ótimo post.
JBCPOETA