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Além disso, existem aqueles probleminhas irritantes, que parece que só acontecem na nossa vez: aquele cliente que não sai nunca do caixa, parando a fila, nos deixando a pensar: "que diabos essa pessoa está fazendo ali há tanto tempo?!" Ou então é aquela máquina que está sem papel e você tem que pagar uma conta e precisa do comprovante, a máquina com um bilhete escrito à mão por algum funcionário do banco a dizer que está inoperante, a máquina com a tecla afundada, que bate sempre duas vezes o mesmo número e faz você errar sua senha, a máquina que prende o cartão, a que não lê direito, fazendo parecer que você está com um cartão que não lhe pertence. Isso sem falar daquelas máquinas que não leem direito o código de barras e você tem que ficar ali digitando aquele número gigantesco, contando quantos zeros tem que escrever...
Da fila propriamente dita, acho irritante aquelas pessoas que não se movem do lugar quando a fila anda. Todo mundo dá um passo à frente, mas a partir daquela pessoa ninguém mais pode andar. O pior é quando chega o carro forte, com aqueles seguranças que parecem da SWAT e a gente fica com medo de algum assalto bem na hora que a gente está ali.
Bancos com várias filas ficam ainda mais confusos em dia de muito movimento. Tem a fila do "povo" (o usuário que não é cliente do banco), a dos clientes, dos super clientes, dos idosos, do depósito, do cheque... É muita fila.
Alguns bancos já chegaram à conclusão que colocar uma fileira de assentos para os usuários não é tão caro assim e instalaram poltronas no salão. Em muitos lugares, essas cadeiras são apenas para idosos e deficientes físicos, como se uma pessoa de menos de 65 anos não ficasse cansada também. O pior são aqueles bancos que exibem 20 caixas, mas só 2 funcionam (acontece o mesmo em supermercados). Ou quando você vê que 5 operadores estão sentados lá, mas parece que só um de fato trabalha.
Muitas pessoas conversam nas filas dos banco. A conversa geralmente gira em torno de alguma reclamação, pelo menos começa assim, depois o papo fica mais relaxado e muitos acabam até trocando números de telefone. Também tem aquelas pessoas ingênuas que aparecem com a senha escrita em números garrafais num pedaço de papel.
Noutro dia eu estava numa fila enorme no banco e a um metro na minha frente havia um senhor aparentando seus 75 ou 80 anos. Ele era magrinho e enérgico, com os cabelos totalmente brancos e conversava animadamente com algumas pessoas ao seu redor. Eu não conversava com ele, mas prestava atenção à conversa. A fila dos idosos estava praticamente vazia, devia ter apenas uma ou duas pessoas, e a fila onde aquele senhor idoso e eu estávamos era enorme.
De repente, uma pessoa que estava na minha frente perguntou ao velhinho: "Por que o senhor não vai para a fila dos idosos? Está vazia!" E ele respondeu: "Eu não!!! Aqui é o único lugar que eu converso!!! Se eu for pra aquela fila, vou logo embora pra casa!"
E eu fiquei a pensar... Pois é, enquanto a gente reclama da fila, da demora e de tudo mais, exatamente todas essas coisas são importantes para alguém. O único lugar que o velhinho encontrava com quem conversar era na fila do banco que, para ele, era super importante e que não deveria jamais terminar.
2 comentários:
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Marcus Alencar
18 de outubro de 2009 às 23:31Esse caso do velhinho que goste de pegar a fila é muito comum hoje me dia, torna-se até algo assim de destaque quando você percebe muitos reclamando ou apenas com cara feia e ali tem um ser simpático esperando sua vez mas sem muita pressa e com simpatia de sobra, na maioria das vezes.
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18 de outubro de 2009 às 10:36
Odeio filas!
Se pudesse fazia tudo pela net só pra não ter que enfrentar filas!!!!